Agronegócio elogia experiência de futura ministra, mas destaca desafios
Entre questões a serem enfrentadas por Tereza Cristina, estão a tributação e mercado externo.
A indicação da deputada Tereza Cristina (DEM-MS) para o Ministério da Agricultura foi bem-aceita pelo setor do agronegócio.
Considerada firme nas decisões, é bastante conhecedora dos desafios do setor, principalmente porque já esteve presente no governo de Mato Grosso do Sul e atualmente está à frente da FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária).
Em nota, a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) disse que Tereza Cristina terá condições de trabalhar a favor do agronegócio e construir uma agenda conjunta com o setor para o desenvolvimento agropecuário.
Marcelo Vieira, presidente da SRB (Sociedade Rural Brasileira), diz que é uma grande gestora. O desafio dela, segundo ele, será o de montar uma boa equipe. “Temos deficiências que precisam ser resolvidas, entre elas as de regulação e as vindas do mercado externo”.
Tereza Cristina não era a preferência de Antonio Galvan, presidente da Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso). Ele preferia Nabhan Garcia, presidente da UDR (União Democrática Ruralista), mas disse que a deputada é produtora e tem bagagem administrativa. “Vamos estar juntos a partir de agora.”
Para Francisco Turra, da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), a indicada tem conhecimento técnico e respaldo político, além de ser conhecedora do setor.
Marco Túlio Duarte Soares, presidente da Acrimat (Associação dos Criadores de Mato Grosso), destaca a sensibilidade dela para os problemas agropecuários, principalmente pela vivência com eles na FPA.
André Nassar, presidente-executivo da Abiove (Associação Nacional das Indústrias de Óleos Vegetais), diz que é uma parlamentar que combina visão política e técnica.
Já Elizabeth Farina, da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) destaca o conhecimento dela no agronegócio, principalmente no setor sucroenergético.
Para Antônio Alvarenga, presidente da SNA (Sociedade Nacional de Agricultura), os desafios que ela vai enfrentar são grandes, mas a indicada é sempre firme nas decisões.
Entre esses desafios ele enumera a questão tributária, aprimoramento do seguro rural e trabalhar bem o mercado externo.
Alvarenga afirma, ainda, que Tereza Cristina terá de batalhar junto ao presidente eleito a abertura de vendas de terras para estrangeiros. “Basta colocar regras, limites e exigências” (Folha de S.Paulo, 8/11/18)