21/11/2017

Justiça determina leilão de usinas do Grupo João Lyra em Minas Gerais

Justiça determina leilão de usinas do Grupo João Lyra em Minas Gerais

A Justiça de Alagoas determinou o leilão das usinas Vale do Paranaíba e Triálcool, localizadas em Minas Gerais e pertencentes à Massa Falida da Laginha Agroindustrial S/A, do Grupo João Lyra. Os interessados poderão apresentar lances no pregão eletrônico no próximo dia 24 de novembro, a partir das 14h.

A informação foi divulgada pelo Tribunal de Justiça do estado (TJ-AL) na quinta-feira (16). Os lances poderão ser feitos online.

O grupo é do empresário alagoano e ex-deputado federal João Lyra. A decisão de levar os bens a leilão é da 1ª Vara de Coruripe, por meio dos juízes Leandro de Castro Folly, José Eduardo Nobre Carlos e Marcella Walesca Pontes de Mendonça.

De acordo com o TJ, a Vale do Paranaíba fica na cidade de Capinópolis e foi avaliada em R$ 206,358 milhões. Ela tem uma área total de 3.210,44 hectares e abrange 17 imóveis. Sua capacidade de moagem é de 1,7 milhão de toneladas de cana por safra.

Já a Triálcool, localizada em Canápolis, foi avaliada em R$ 233,044 milhões. A área total dela é de 6.048,86 hectares e possui 24 imóveis, com capacidade de moagem de 1,8 milhão de toneladas de cana por safra.

O pregão iniciado no dia 24 será encerrado em 30 de novembro. Caso os valores de avaliação dos imóveis não sejam atingidos nessa primeira tentativa, o prazo será estendido até o dia 7 de dezembro. Nessa segunda praça, serão aceitas propostas menores, mas não inferiores a 60% do valor dos ativos.

A realização do leilão ficará sob responsabilidade da Superbid Judicial, entidade especializada na avaliação e venda de ativos através de leilões oficiais presenciais ou via internet.

Em um outro leilão de bens da massa falida da Laginha em Alagoas, realizado em agosto deste ano, foram arrecadados mais de R$ 800 mil. Quatro bens foram vendidos, mas somente três foram arrematados, sendo um imóvel residencial, um outro comercial e uma aeronave.

O único que não foi vendido foi a sede da Laginha, em Maceió, que estava sendo ofertada por R$ 9,5 milhões. Essa foi a segunda vez em que ela foi colocada à venda. Na primeira, o valor pedido era de R$ 15 milhões.

Uma terceira tentativa de venda foi feita em outubro, quando o mesmo imóvel foi ofertado por R$ 7,8 milhões, mas não houve lances nem compradores (G1, 17/11/17)