Café: Açúcar: Análise Agromensal Conjuntural Abril/22 Cepea/Esalq/USP
Café arábica PIXABAY.jpg
As cotações domésticas do café arábica oscilaram com força em abril. No dia 11, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, posto na capital paulista, atingiu R$ 1.287,36/saca de 60 kg, a máxima do mês, mas, já no dia 20, caiu para R$ 1.213,90/sc. Essa oscilação foi reflexo das variações dos preços internacionais do arábica e do dólar.
No cenário externo, os futuros ora foram pressionados por preocupações em relação à demanda por café – devido à guerra na Ucrânia e ao novo lockdown na China –, ora impulsionados por fatores técnicos e por temores relacionados à produtividade da safra brasileira de 2022/23, tendo em vista o clima seco durante boa parte do desenvolvimento.
No fim de abril, o contrato Julho/22 fechou a 222,10 centavos de dólar por libra-peso, queda de 1,9% em relação ao dia 31 de março. O dólar, por outro lado, fechou o dia 29 de abril a R$ 4,948, valorização de 3,9% frente ao dia 31 de março. Com a elevação da moeda norte-americana e a forte retração vendedora no spot brasileiro, o Indicador do arábica fechou a R$ 1.267,35/sc no encerramento de abril, elevação de 1,9% no acumulado do mês.
No campo, a colheita da safra 2022/23 de arábica vem progredindo de forma gradual nas Matas de Minas (Zona da Mata), com os lotes de café novo devendo chegar ao mercado em maio. No fim de abril, produtores das regiões de Garça (SP) e do Sul de Minas também passaram a realizar catações pontuais ou em lavouras novas.
A intensificação da colheita nestas e no restante das praças deve ocorrer a partir de meados de maio, sendo que volumes mais significativos de café novo são esperados para junho (Assessoria de Comunicação, 5/5/22)