CNC: Balanço Semanal de15 a 19/10/2018
Brasil evidencia excelência de seus cafés em concursos
O presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro – Foto -, participou, na quinta-feira, 18 de outubro, em Varginha (MG), do jantar de premiação do 26º Concurso Qualidade Minasul de Café, realizado pela associada Cooperativa dos Cafeicultores da Zona de Varginha. Na oportunidade, a entidade apresentou sua nova marca, que acompanha um movimento pautado em sua constante evolução, e o selo AMAM – Associação das Mulheres do Agronegócio Minasul, que destaca o trabalho feminino no campo.
Na manhã de hoje, Brasileiro participou de reunião conjunta entre a Sociedade Rural Brasileira (SRB) e a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), entidade associada ao CNC. Durante o encontro, que ocorreu na sede da também associada Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé), a diretora Vanusia Nogueira realizou apresentação sobre o trabalho de promoção desenvolvido pela instituição e o principal concurso de qualidade do mundo, o Cup of Excellence, além de falar a respeito do cenário de evolução e perspectivas dos grãos especiais.
"É fantástico observar o trabalho que nossas cooperativas vêm dando ao segmento dos cafés com excelência, sinalizando que o cooperativismo fomenta a qualidade do produto brasileiro, sempre com foco em gerar mais renda aos produtores e os aproximar dos consumidores internacionais", elogia o presidente do CNC.
Este ano, o número de inscrições no concurso da Minasul ultrapassou a marca de 350 amostras, de regiões produtoras do Estado, como Sul, Mantiqueira e Matas de Minas Gerais. Já o Cup of Excellence - Brazil 2018 chegou ao número expressivo de mais de mil lotes inscritos, recebendo cafés de 13 origens produtoras do país.
"A BSCA puxou a fila no que se refere ao reconhecimento da qualidade e à promoção dos frutos especiais. Nossas cooperativas ingressaram nesse nicho e, com base no assistencialismo que fornecem, elevaram sobremaneira a qualidade dos cafés do Brasil, que recebem mais visibilidade internacional à medida que os principais compradores mundiais disputam sua compra a valores excepcionais", destaca Brasileiro.
Para ele, o incentivo a esse tipo de produção é fundamental, pois, aliado aos resultados das pesquisas realizadas, sinaliza ao mundo que o Brasil permanecerá na vanguarda da cafeicultura mundial. "Ofertamos cafés sustentáveis, que respeitam o meio ambiente e as pessoas e geram milhões em renda a milhões de atores da cadeia produtiva. Temos, principalmente, condições de manter nossa oferta de quantidade com elevada qualidade, colocando-nos no topo mundial do ranking cafeeiro em volume e excelência", conclui.
Mercado: queda do dólar volta a impulsionar café
Moeda caiu 1,4% frente ao real até ontem; valor da commodity subiu nas bolsas internacionais e no Brasil.
Os futuros do café voltaram a registrar bom desempenho ao longo da semana nas bolsas internacionais, impulsionados pelo declínio do dólar comercial no acumulado da semana. Na quarta-feira, 17, a moeda norte-americana fechou abaixo de R$ 3,70, mas se recuperou ontem e fechou a R$ 3,7250, reduzindo as perdas semanais a 1,4%.
Com a divisa voltando acima de R$ 3,70, o mercado internacional do café devolveu parte dos ganhos acumulados. Na Bolsa de Nova York, o contrato "C" com vencimento em dezembro/18 subiu 550 pontos, encerrando a sessão de ontem a US$ 1,2205 por libra-peso. Na ICE Futures Europe, o vencimento janeiro/19 do café robusta fechou a US$ 1.775 por tonelada, registrando alta de US$ 50 na semana.
Em relação ao clima, a Somar Meteorologia informa que uma frente fria avança em direção à Bahia, favorecendo a ocorrência de chuva forte, amanhã, no Estado e também no Espírito Santo. Há previsão para precipitações menos intensas em grande parte de Minas Gerais, no Rio de Janeiro e no leste de São Paulo, incluindo a região metropolitana.
No restante do cinturão cafeeiro, incluindo as demais áreas paulistas, o Sul de Minas e o Triângulo Mineiro, o tempo ficará firme. A Somar também comunica que, devido ao avanço da massa de ar frio, as temperaturas caem no Sudeste, deixando a sensação térmica um pouco mais baixa na comparação com os dias anteriores.
O mercado físico registrou alguns negócios ao longo da semana, principalmente quando os preços alcançaram seus tetos, seguindo o mercado internacional. Porém, com a queda de ontem do dólar e o recuo das bolsas externas, os vendedores se afastaram do mercado, reduzindo um pouco a liquidez.
Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e robusta ficaram cotados a R$ 455,67/saca e a R$ 341,89/saca, respectivamente com ganhos acumulados semanais de 5,7% e 3,8% (Assessoria de Comunicação, 19/10/18)