30/08/2021

Total de terras agricultáveis da China diminui quase 6% entre 2009 e 2019

 Total de terras agricultáveis da China diminui quase 6% entre 2009 e 2019

Legenda: A quantidade de terras dedicadas à agricultura recuou em mais de 75 mil quilômetros quadrados desde 2009 (Foto  Barcroft Media Getty Images)

 A cifra – que equivale a 13% da China – supera a meta estatal, que visava manter 1,24 milhão de Km² de terras agricultáveis

O total de terras agricultáveis da China atingia quase 1,28 milhão de quilômetros quadrados ao final de 2019, uma redução de quase 6% em relação à década anterior, mostrou ontem (26) uma pesquisa realizada a cada dez anos para avaliação do uso de terras no país.

A cifra – que equivale a 13% da área total da China – supera a meta estatal, que visava manter 1,865 bilhão de mu (1,24 milhão de quilômetros quadrados) de terras agricultáveis fora dos limites da invasão urbana até o final de 2020, segundo o Ministério dos Recursos Naturais.

 No entanto, a quantidade de terras dedicadas à agricultura recuou em mais de 75 mil quilômetros quadrados desde 2009, quando a última pesquisa nacional havia sido conduzida, com algumas áreas sendo convertidas em florestas, bem como para uso industrial e urbano. A China espera que o total diminua ainda mais até 2030.

Wang Guanghua, vice-ministro de Recursos Nacionais do país, disse em um briefing que a China precisa “aderir ao mais rígido sistema de proteção de terras agrícolas” ao longo da próxima década para cumprir suas metas. Ele também afirmou que grande parte do território da China segue ocioso ou é utilizado de forma ineficiente.

As escassas terras chinesas têm enfrentado uma crescente pressão como resultado da rápida urbanização local, além das crescentes demandas de sua economia industrial e agrícola.

A China estabeleceu “linhas vermelhas” não apenas para proteger as áreas agrícolas da invasão industrial, mas também para proteger alguns dos ecossistemas mais vulneráveis do país – incluindo florestas naturais, pântanos e habitats de espécies ameaçadas de extinção – da interferência humana (Reuters, 27/8/21)