À espera de um mercado mais livre para o açúcar
A China deverá importar 4 milhões de toneladas de açúcar na safra 2019/20, que se iniciou em outubro e terminará em setembro do próximo ano.
Os chineses prometem um mercado com menos intervenções no próximo ano, o que poderá favorecer o Brasil.
Nas safras recentes, a China colocou uma salvaguarda para proteger a indústria nacional com alíquotas de importação que chegavam a 95% do valor produto. Essa alíquota não era para todos os países, mas afetava o diretamente o Brasil.
O prazo dessa salvaguarda termina em maio do próximo ano, e o país asiático deverá retornar à alíquota de 50%, que será imposta a todos os países exportadores da commodity.
Segundo o Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), o consumo chinês de açúcar na safra 2019/20 será de 15,8 milhões de toneladas. O governo, que tem estoques de 4,3 milhões de toneladas, começa a liberar produto para o mercado.
A produção total chinesa de açúcar é insuficiente para o consumo, Nesta safra, serão produzidos 10,8 milhões de toneladas. Desse volume, 9,3 milhões virão de cana-de-açúcar.
Na safra anterior, o Brasil forneceu 54% do açúcar importado pelo chineses (Folha de S.Paulo, 16/10/19)