08/01/2018

A importância do “Janeiro Roxo” – Por Welson Gasparini

A importância do “Janeiro Roxo” – Por Welson Gasparini

 

 

Em um dos meus pronunciamentos na ALESP, no último mês de dezembro, eu focalizei a iniciativa da Sociedade Brasileira de Hansenologia em enviar, em todo o Brasil, uma carta alertando e convidando empresas, veículos de comunicação e jornalistas a aderirem à campanha “Janeiro Roxo”, um mês dedicado à conscientização sobre essa doença. Isto porque, em 2016, o Ministério da Saúde oficializou o mês de janeiro e consolidou a cor roxa para campanhas educativas sobre a hanseníase. A hanseníase, vale repetir a explicação, durante milênios foi conhecida como “lepra” mas, por motivo justo, a denominação foi mudada porque criava-se, até, um certo preconceito quando a pessoa dizia “estar com lepra” ou “leprosa”.  A hanseníase, a antiga lepra, coloca o Brasil – infelizmente – em segundo lugar mundial em número de casos, atrás apenas da Índia.

A Sociedade Brasileira de Hansenologia também me procurou – através da sua assessoria de comunicação, comandada pela jornalista Blanche Amâncio – pedindo minha colaboração junto à  Assembleia Legislativa e ao governo do Estado - e eu me comprometi usar da tribuna da ALESP e todas as possibilidades junto com os companheiros para ser porta-voz da atuação dessa entidade, ampliando o apelo junto aos  formadores de opinião e veículos de comunicação para divulgarem a campanha e informações sobre a doença.

A Sociedade Brasileira de Hansenologia é uma entidade médica, completando, agora, 70 anos, responsável pela certificação dos médicos hansenologistas do País e pelo lançamento, em 2016, da campanha nacional “Todos Contra a Hanseníase”, envolvendo cartilha educativa, spots de rádio e vídeo já implantados em vários municípios brasileiros. Ela disponibiliza, eletronicamente, essa cartilha educativa e o vídeo para serem exibidos em reuniões, palestras, semanas internas de prevenção de acidentes, de aulas etc. As empresas ou veículos de comunicação que quiserem disponibilizar a cartilha em seus sites e redes sociais podem personalizá-la com logomarca na capa. A mascote da campanha, chamada de “Profi”, pode participar de ações educativas. A Sociedade Brasileira de Hansenologia disponibiliza seu departamento de marketing para auxiliar na viabilização de ações educativas para a campanha “Janeiro Roxo 2018”.

A hanseníase, vale lembrar, é uma doença transmitida por um bacilo; o tratamento é gratuito em todo o Brasil e dura de seis meses a um ano. Esperamos que, principalmente, os grupos de comunicação deem um amparo maior a essa campanha da Sociedade Brasileira de Hansenologia. Solicitei à presidência da ALeSP para cópias do meu pronunciamento sobre a hanseníase e sobre a campanha sendo desenvolvida neste mês de janeiro serem enviadas ao governador Geraldo Alckmin, que é médico, e ao secretário da Saúde David Uip, para o governo do Governo do Estado nela entrar efetivamente para combater – através do esclarecimento – a antiga lepra, agora conhecida como hanseníase. A Saúde pública – frisei bem – agradecerá a atenção do nosso governo para a importância desse “Janeiro Roxo” no contexto da própria conscientização da comunidade brasileira sobre os riscos de uma moléstia ainda rondando o cotidiano das nossas famílias (Welson Gasparini é deputado estadual (PSDB), advogado e ex-prefeito de Ribeirão Preto)