07/01/2019

A indústria de base em “2018 e perspectivas para 2019”

A indústria de base em “2018 e perspectivas para 2019”

No segundo programa da Série Especial “2018 e perspectivas  2019”, o entrevistado é o empresário Aparecido Luiz, que deixa importante legado ao final do seu mandato de presidente do CEISE Br – Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis.

 

Depois de ocupar importantes cargos na diretoria do CEISE Br e assumir a presidência da entidade com a saída de Paulo Gallo que passou a ocupar a secretaria de Desenvolvimento Econômico de Sertãozinho, Aparecido Luiz encerrou seu mandato no último dia 13 de dezembro.

 

Ele comenta algumas das suas realizações à frente do CEISE Br destacando, dentre outras, o lançamento dos projetos do Sindicato Patronal para Sertãozinho e Região e da construção da sede própria; reestruturação da administração, da reforma estatutária e reforma da atual sede da entidade; registro das marcas Fenasucro e Agrocana, definição do futuro das feiras e intensificação de trabalho e parceria junto aos órgãos públicos governamentais.

 

Na entrevista, o jornalista Ronaldo Knack relembrou o esforço do então presidente Adézio Marques para unir os elos da cadeia produtiva canavieira, realizando diversos atos públicos para mostrar o descaso e a irresponsabilidade do governo federal em relação a implementação de políticas públicas e promovendo a pior crise da história do setor de biocombustíveis e das energias limpas e renováveis, com o fechamento de mais de uma centena de usinas, de centenas de indústrias de base e a extinção de 600 mil postos de trabalho no campo, segundo pesquisa da FEA-USP/RP.

 

Durante entrevista em 2014 concedida ao TV BrasilAgro, em Dourados (MS), o senador Waldemir Moka (MDB-MS), então presidente da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado Federal, ao ser questionado sobre soluções para a crise do setor canavieiro, convidou o jornalista Ronaldo Knack a uma visita ao seu gabinete em Brasília.

 

Na visita, o senador disse que poderia convocar uma Audiência Pública com a participação de ministros e autoridades governamentais para discutirem saídas para a crise. “Para tanto – afirmou Waldemir Moka – é importante que haja uma sinergia dos interesses entre os lobistas da Raízen-Cosan, da Copersucar, da Única, dos fornecedores de cana e da indústria se base. O que ficar decidido entre os líderes que representam o setor produtivo deverá ser cumprido pelo governo”

 

“O que parecia simples – revela Ronaldo Knack – se tornou impossível pois os interesses destes grupos eram e são antagônicos e contraditórios entre si, razão pela qual a crise durou quase dez anos e agora com o Renovabio, projeto que foi divulgado pela primeira vez através do TV BrasilAgro, há condições de se unirem novamente os elos da cadeia produtiva canavieira, deixando interesses de grupos de lado”.