A unificação de todas as igrejas – Por Tarcisio Angelo Mascarim
Meditando sobre o futuro da humanidade e pesquisando no Google sobre a quantidade de religiões existentes no mundo, constatei que seria impossível listar todas, pois existem milhares (ou até milhões) de crenças, sendo que algumas delas praticadas por apenas centenas de pessoas.
Assim sendo, tomo a liberdade de transmitir aos nossos leitores, para conhecimento, as principais religiões do mundo:
- Cristianismo: com cerca de 2,1 bilhões de adeptos, esta é a religião mais comum e mais polêmica. Monoteísta, ou seja, adora um só Deus, baseia-se nos ensinamentos de Jesus, conforme os evangelhos, parte do Novo Testamento. Para os cristãos, Jesus é o Messias e por ele fazem referência como Jesus Cristo.
- Islã (ou Islamismo ou Islão): a segunda mais importante religião, chegando a 1,2 bilhão de adeptos. Monoteísta, baseada nos ensinamentos do profeta Maomé e na escritura sagrada do Alcorão.
- Hinduísmo: tradição religiosa originada do subcontinente indiano que abrange o bramanismo, crendo na Alma Universal. Dentre as seis divisões históricas (darshanas), somente duas sobrevivem: a ioga e a vedanta.
- Budismo: mais que uma religião, é uma filosofia baseada nos ensinamentos de Sidarta Gautama. Conta com cerca de 380 milhões de seguidores. É uma religião conhecida em todo o mundo pela sua cultura.
- Sikhismo (ou Siquismo): religião monoteísta fundada pelo Guru Nanak, em Punjab, por volta do século XV. Baseia-se nos ensinamentos de 10 gurus e tem o Guru Granth Sahib (o livro sagrado) como o décimo primeiro e último Guru. Deus para os adeptos não possui forma, é eterno e é o criador do mundo e dos seres.
- Judaísmo: religião do povo Judeu e mais antiga das principais religiões monoteístas. Surgiu da religião mosaica. Tem cerca de 15 milhões de adeptos.
- Espiritismo: Crê na existência de um espírito imortal, na reencarnação e na intermediação entre o mundo espiritual e o mundo real por meio de um médium. Tem cerca de 15 milhões de adeptos.
- Fé Bahá’í: Fundada em 1844 na antiga Pérsia. Não possui dogmas, rituais, clero e sacerdócio. Tem cerca de 7 milhões de adeptos.
- Jainismo (ou Jinismo): Uma das religiões mais antigas da Índia. Como o budismo, crê em único Deus, mas não concede a ele atributos de necessidade e figura central. Acredita-se que surgiu no século V aC, devido às ações de Mahavira. Tem cerca de 4 milhões de adeptos.
Embora algumas religiões não sejam consideradas principais, também possuem cultura e éticas profundas e concretas, como Zoroatrismo, Sabeísmo, Confucionismo, Protestantismo, Taoísmo, Xintoísmo, Wicca, Paganismo, Satanismo, Tenrikyo, Thelema, Testemunhas de Jeová e Messiânica.
Duas das denominações listadas – Protestantismo e Testemunhas de Jeová – são simples versões do Cristianismo. O número de divisões do Cristianismo é muito maior do que o citado acima. Tais como as espécies de seres vivos, milhares de religiões existiram e foram extintas, e sempre estão surgindo novas.
Porém, com tantas igrejas existentes, por enquanto nenhuma delas cumpriu com o Projeto de Deus.
Encontramos o Projeto de Deus no Antigo Testamento, no qual o livro dos juízes mostra o que implica assumir este Projeto Divino e os livros dos Reis mostra como o Povo de Deus corrompeu este Projeto.
Infelizmente, este Projeto teve pouca duração – em torno de 200 anos. A tentativa que surgiu na antiguidade é fato único na história de todos os povos. Não foi perfeito, mas houve a tentativa. A tentação de voltar a ser igual às potências vizinhas foi pouco a pouco corroendo as bases do Projeto de Deus e aconteceu a decadência. Os profetas tentaram levantar a voz e implorar o retorno do povo de Deus Único e o seu Projeto. Mais tarde, Deus enviou seu filho Jesus para novamente afirmar que o amor do Pai não acabou e que o Projeto de Deus deveria sobreviver.
O Projeto eterno e original ainda existe e Deus Pai e o Senhor Jesus Cristo, em seu desejo de ver a Igreja completar tudo aquilo para a qual foi projetada desde a eternidade, não deixam de olhar por ela e participar ativamente em seu desenvolvimento. Por meio do Espírito, Deus está fazendo uma obra em sua Igreja, adornando-a, preparando-a e capacitando-a para que ela cumpra seu propósito eterno. Há um clamor de Espírito para uma volta à simplicidade original e uma separação radical do mundo. Precisamos orar e clamar ao Senhor para que abra nossos olhos e nos faça ver seu projeto e nos dê o poder do Espírito para alinharmos nossas vidas e ministérios à Sua perfeita vontade.
Portanto, antes do retorno de Jesus Cristo e como adepto da Igreja, quero explicar porque ela é una, santa, católica e apostólica. É una por três motivos: o primeiro é por sua fonte, o único Deus. O segundo é o seu fundador que estabeleceu a união de todos em um só Povo de Deus. O terceiro é a sua alma, o Espírito Santo que está em todos os fiéis e que os une intimamente entre si e com Cristo.
Assim, vemos que é próprio da essência da Igreja o ser una. Certamente não dizemos que a Igreja é santa por seus membros. Pelo contrário, é santa em razão da entrega que Cristo, o Santo, fez de si mesmo a ela. E, santificada por Ele, se torna santificante, ou seja, por meio dela, os fiéis se santificam.
A Igreja é católica porque é enviada em missão por Cristo à universidade do gênero humano. Essa característica deriva, então, da unidade que Cristo conseguiu com a sua reconciliação universal. Todos estão chamados a participar dessa unidade e, por isso, a Igreja deve chegar ao mundo inteiro. A Igreja é apostólica porque foi fundada sobre os apóstolos. E entendemos isso de três formas diferentes. Primeiro: ela foi e continua sendo construída sobre o “fundamento dos apóstolos”. Segundo: ela conserva e transmite o depósito da fé, escutado diretamente da boca dos apóstolos. Terceiro: são os apóstolos, por meio de seus sucessores, que continuam a guiar a Igreja em sua missão pastoral.
E assim, com o comando do atual Papa Francisco, precisamos unir todas essas igrejas espalhadas pelo mundo, trazendo-as a unificação para a salvação de todos. Caso contrário, na vinda de Jesus, somente serão salvos os que estiverem com Ele, que acreditarem na ressurreição e mantiverem a fé. Os demais, infelizmente, terão o castigo que Jesus anunciou (Tarcisio Angelo Mascarim é sócio e administrador da Mascarim & Mascarim Sociedade de Advogados. Leia mais artigos no blog www.tarcisiomascarim.com.br)