Abate de bovinos cai 10,6% no 1º trimestre/2021 ante ano anterior
FRIGORIFICO BOVINO Reuters Eric Gaillard
Os produtores brasileiros abateram 6,56 milhões de cabeças de bovinos no primeiro trimestre de 2021, um recuo de 10,6% em relação ao primeiro trimestre de 2020, segundo os resultados das Pesquisas Trimestrais do Abate de Animais, do Leite, do Couro e da Produção de Ovos de Galinha, divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na comparação com o quarto trimestre de 2020, houve redução de 10,9%.
O abate não atingia níveis tão baixos desde o primeiro trimestre de 2009. O mês de janeiro apresentou o menor abate do primeiro trimestre de 2021, 2,12 milhões de cabeças, 14% abaixo do desempenho de janeiro de 2020. O mês de março teve um abate de 2,27 milhões de cabeças, 8,5% abaixo de março de 2020.
Segundo o IBGE, a retenção de fêmeas observada em 2020 continuou no início deste ano. O total de fêmeas abatidas, 2,41 milhões de animais, foi o menor para um primeiro trimestre desde 2003.
Foram abatidas 774,92 mil cabeças de bovinos a menos no primeiro trimestre de 2021 em relação ao primeiro trimestre do ano anterior, com reduções em 23 das 27 Unidades da Federação. As reduções mais significativas ocorreram no Mato Grosso (-208,92 mil cabeças), Rondônia (-131,09 mil), São Paulo (-71,45 mil), Mato Grosso do Sul (-68,17 mil), Paraná (-46,22 mil), Minas Gerais (-44,70 mil), Bahia (-40,25 mil), Maranhão (-27,21 mil) e Acre (-24,64 mil). Por outro lado, houve avanços significativos em Goiás (+25,13 mil) e Santa Catarina (+7,06 mil).
Mato Grosso manteve a liderança no abate de bovinos, com 15,7% da participação nacional, seguido por Mato Grosso do Sul (11,7%) e São Paulo (10,2%) (Broadcast, 8/6/21)