Abiove eleva projeção de produção de soja para 153,8 mi/t na safra 2022/23
SOJA (Imagem- REUTERS-Jose Roberto Gomes)
Em relação ao farelo e ao óleo de soja, a Abiove projeta, respectivamente, produção de 40,2 milhões de toneladas e de 10,7 milhões
A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) aumentou a previsão para produção brasileira de soja na safra 2022/23 de 152,6 milhões de toneladas, no início de fevereiro, para 153,8 milhões de toneladas em relatório mensal divulgado na manhã desta quarta-feira, 22.
Para o processamento interno da oleaginosa, a entidade manteve a previsão de 52,5 milhões de toneladas. Se confirmados, ambos volumes serão recordes.
Em relação ao farelo e ao óleo de soja, a Abiove projeta, respectivamente, produção de 40,2 milhões de toneladas e de 10,7 milhões, resultados inalterados na comparação com o projetado em fevereiro.
A associação pondera, no entanto, que o consumo interno de óleo de soja foi atualizado para 8,95 milhões de toneladas considerando a mistura de 12% de biodiesel a partir de abril.
As exportações de soja em grão da atual temporada projetadas pela Abiove foram aumentadas de 92 milhões de toneladas para 92,3 milhões de toneladas.
A Abiove elevou também as estimativas de vendas externas de 20 milhões de toneladas de farelo de soja para 20,7 milhões de toneladas.
Para o óleo de soja o resultado subiu de 1,75 milhão de toneladas de óleo de soja, previstas em fevereiro, para 2,15 milhões de toneladas. As exportações do complexo soja devem gerar receita de US$ 66 bilhões neste ano, arrecadação sem precedentes e R$ 1 milhão acima do previsto em fevereiro, estima a Abiove.
Safra 2021/22
A Abiove elevou a estimativa de produção de soja encerrada na temporada 2021/22, de 128,6 milhões de toneladas para 129,9 milhões de toneladas.
As projeções de processamento de soja em grão passaram de 50,4 milhões de toneladas para 50,9 milhões de toneladas. As vendas internas de farelo foram de 18,9 milhões de toneladas e as de óleo de 7,2 milhões, volume que inclui as vendas para mistura de biodiesel, mantida em 10% durante todo o ano.
“Estes números de 2022 demonstram a capacidade da indústria brasileira em se organizar rapidamente para suprir as demandas domésticas e internacionais, principalmente em um ano que começou com fortes perdas decorrentes de problemas climáticos na região Sul”, afirmou a Abiove (Estadão.com, 22/3/23)