Ações asiáticas disparam após suspensão de tarifas de Trump
Edifício Kabuto One, em Tóquio. Imagem Ned Snowman em Adobe Stock
Índice japonês Nikkei liderava os ganhos, com alta de mais de 8% na abertura desta quinta-feira (10)
As ações dos principais índices asiáticos abriram em alta de mais de 5% nesta quinta-feira (10), depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou uma pausa de 90 dias nas tarifas impostas pelo governo americano a dezenas de países.
No Japão, o índice Nikkei liderava os ganhos asiáticos, com alta de 8,10%. Já o Topix registrava um avanço de 7,73%.
O índice Kospi, da Coreia do Sul, subia 4,88%.
As três principais Bolsas da China também registravam alta, apesar de Trump ter elevado para 125% tarifas sobre produtos chineses. O CSI300 (que reúne companhias listadas em Xangai e Shenzhen) subia 0,85%; o SSEC (de Xangai) tinha alta de 0,49%; e o Hang Seng (de Hong Kong) avançava 2,56%.
As mudanças no "tarifaço" foram anunciadas pelo presidente na sua plataforma Truth Social e depois comentadas pelo republicano e seus aliados ao longo do dia.
"Com base no fato de que mais de 75 países entraram em contato para negociar uma solução, e que esses países, por minha forte recomendação, não retaliaram de nenhuma forma contra os Estados Unidos, autorizei uma pausa de 90 dias e uma tarifa recíproca substancialmente reduzida, de 10%, com efeito imediato", disse o presidente na rede social.
Para a China, no entanto, o presidente fez o movimento contrário e aumentou ainda mais as tarifas, em resposta à retaliação promovida pelo país asiático às medidas da administração Trump.
A mudança de direção de Trump em sua guerra comercial levou Wall Street a ganhos estratosféricos. O S&P 500, referência das ações americanas, fechou em alta de 9,5% na quarta, enquanto o Nasdaq Composite saltou mais de 12%. Foi o melhor dia do S&P 500 desde 2008 e o maior ganho do Nasdaq desde 2001.
No Brasil, o dólar despencou 2,52% e encerrou o dia cotado a R$ 5,844.
O fôlego injetado nos mercados também reverteu o clima na Bolsa brasileira, que estava nas mínimas de 122.887 pontos e passou a disparar com a notícia. Fechou em valorização de 3,11%, a 127.795 pontos (Folha, 10/4/25)