Acron quer retomar obras de projeto de fertilizantes em MS em julho
ACRON - UNIDADE FERTILIZANTES PETRIBRAS Foto Blog VOXMS
Representantes do grupo russo Acron, que planeja comprar a Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN3) da Petrobras (PETR4), informaram ao governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, que gostariam de concluir o negócio e já retomar as obras da fábrica em julho deste ano.
Os executivos da empresa estiveram em Mato Grosso do Sul na última sexta-feira em uma reunião com representantes do governo do Estado e da prefeitura de Três Lagoas, cidade onde fica a fábrica, para discutir benefícios fiscais que serão oferecidos.
“Criamos um grupo de trabalho para organizar essa documentação. Em curto prazo, vamos chegar a um documento finalizado, assinado por nós e que vai permitir a continuidade das obras e dos investimentos por parte da Acron”, disse o governador, em um vídeo publicado nas suas redes sociais.
Em nota, o vice-presidente da Acron, Vladimir Kantor, afirmou que a empresa está motivada com o negócio.
“Estamos muito interessados em estar presente em Mato Grosso do Sul. Gostaríamos de começar a trabalhar já em julho”, afirmou.
Na semana passada, a Petrobras informou por meio de um comunicado ter chegado a um acordo com o grupo russo Acron sobre minutas contratuais para a venda de 100% da UFN3, cuja obra está parada desde 2014.
Na ocasião, a petroleira pontuou que a assinatura do contrato de venda depende ainda de tramitação na governança da companhia, após as devidas aprovações governamentais.
A publicação da Petrobras ocorreu após a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, ter dado informações em evento público sobre o processo de venda e às vésperas de visita do presidente Jair Bolsonaro à Rússia, neste mês.
A construção da fábrica começou em 2011, mas foi paralisada em dezembro de 2014, depois do rompimento do contrato da Petrobras com o consórcio de empreiteiras por descumprimento de cláusulas, com 80% da obra completada.
Em 2017, a Petrobras decidiu sair do ramo de fertilizantes e pôs a UFN3 à venda.
Procurada, a Petrobras não respondeu imediatamente a pedido de comentários (Reuters, 14/2/22)