Açúcar anda de lado por subsídios à vista na Índia e entressafra no Brasil
Legenda: Colheita da cana recém começada na Índia e açúcar à espera de subsídio (Imagem: REUTERS/Rajendra Jadhav)
O açúcar entrou num corredor lateral e os preços em Nova York não encontram tendências fortes em nenhuma direção, pelo menos até o final de novembro.
Por enquanto, prevalece a entressafra brasileira do Centro-Sul quase ficando inteira e os firmes indícios de que o governo da Índia deverá anunciar em algumas semanas o tamanho dos subsídios que seus exportadores terão.
Peso e contrapeso, portanto.
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Na avaliação de Maurício Muruci, analista da Safras & Mercado, essas duas pontas do comércio, comandado pelos dois países, é o que faz a tela de março, na ICE Futures, estar estabilizada com os 14.50 centavos de dólar por libra-peso de média há alguns dias e assim deverá ficar,
Agora, por volta das 14h10 (Brasília), segue sem mexer, em 14.65 c/lp.
Para Muruci, já está dado que as usinas indianas terão ajuda para exportarem, e poderá, após ser conhecido o teor exato, fazer o açúcar cair um pouco, além do que estão mantidas as perspectivas de safra (começada em outubro) de 36 milhões de toneladas, 4 milhões acima da passada.
O analista não enxerga a precificação atual sendo influenciada pela seca de pouco mais de dois meses no Centro-Sul – que algumas consultorias avaliam prejuízos à próxima safra -, nem tampouco as chuvas regulares de novembro de dezembro, ou a menor precipitação esperada para janeiro, conforme sua leitura de alguns mapas climatológicos (Money Times, 5/11/20)