17/12/2024

Agronegócio deveria ter entrado no mercado de carbono, diz ministro do STJ

Agronegócio deveria ter entrado no mercado de carbono, diz ministro do STJ

Em contrapartida, ministro do STJ diz que concorda que seria preciso um estudo mais aprofundado sobre o agronegócio — Foto: Globo Rural

 

Na avaliação de Benjamin Herman, a ausência do setor agropecuário foi uma oportunidade perdida.

 

A agropecuária representa mais de 50% das emissões de gases estufa do Brasil e a sua ausência - neste primeiro momento - do mercado de carbono brasileiro é uma oportunidade perdida, afirmou Herman Benjamin, ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

 

"Sabemos que a atividade agropecuária representa o grosso das emissões, muito mais de 50% das emissões do Brasil. Neste mosaico de emissões, a base fática dessa lei não representa sequer 50% das emissões do Brasil. Mas isso não pode servir de argumento para dizer lei é irrelevante", ponderou Benjamin, que participou da edição do Fóruns de Valor sobre o mercado de carbono do Brasil.

 

"Eu pessoalmente acho que teria sido melhor incluir o agro, mas entendo que talvez precisamos de estudo mais aprofundado. Não a toa, são poucos os países que incluíram a atividade."

 

Relator do projeto que instituiu o mercado regulado de carbono no Brasil, o deputado Aliel Machado (PV-PR) ressaltou, no painel anterior que o agro ficou de fora pela dificuldade metodológica de mensurar as emissões e captura das atividades que a compõem.

 

"Em algum momento, vai entrar. Grandes lideranças, embora não a maioria, defendiam a entrada como uma oportunidade. Hoje, a cota de carbono do mercado regulado vale dez vezes mais que a do voluntário", notou (Globo Rural, 16/12/24)