06/06/2024

AL: MST invade de novo a sede do Incra em ato contra novo indicado de Lira

AL: MST invade de novo a sede do Incra em ato contra novo indicado de Lira

Protesto do MST em Maceió (AL) acabou com invasão da sede do Incra. Foto Reprodução Via Twitter (X) @MST_Oficial

 

Movimento protesta que o bolsonarismo permanece na gestão do órgão e que isso impede que a Reforma Agrária avance no Estado.

Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) invadiram novamente a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Maceió (AL) nesta quarta-feira, 5.

O órgão também foi invadido no dia 29 de abril deste ano. Em ambas as datas, o movimento protesta contra a nomeação de Junior Rodrigues do Nascimento como superintendente do Instituto.

Nascimento fora indicado para o posto pelo presidente da Câmara dos DeputadosArthur Lira (PP-AL). Antes, o cargo era ocupado por Wilson César Lira dos Santos, que é primo de Lira e foi exonerado após pressão do MST por mudanças na gestão.

“O órgão continua sob domínio de grupos políticos contrários à Reforma Agrária e, por isso, as demandas referentes a essa pessoa permanecem paralisadas”, afirma o movimento em nota. Eles alegam que a nomeação de um novo comando para o Incra que seja novamente recomendado por Lira, como foi o caso do primo, mantém o bolsonarismo no poder.

Rodrigues assumiu o cargo em 25 de abril e protestantes afirmam que o tempo de gestão comprova o que reivindicam. “Nada foi feito no sentindo de atender demandas antigas no que diz respeito aos assentamentos e acampamentos. Pelo contrário, são colocados entraves para qualquer avanço da Reforma Agrária no estado”, sustentam.

De acordo com nota publicada no site do MST, cerca de 300 pessoas participaram da invasão, que contou com também com a participação da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e da Frente Nacional de Luta (FNL) (Estadão, 6/6/24)

MST ataca sede do PL em São Paulo e diz que é para ‘defender natureza’

Integrantes do MST vandalizaram a sede do PL, em São Paulo Foto  Divulgação MST

 

Ato de vandalismo com tinta, segundo organizadores, ocorreu para chamar atenção para atuação de deputados federais de direita que atuam para flexibilizar a legislação ambiental; PL registrou boletim de ocorrência e assessor de Bolsonaro disse que ato é ‘contra a democracia’.

Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) vandalizou a sede do PL, em São Paulo, no final da manhã desta quarta-feira, 5. Eles utilizaram tinta vermelha, lama e ovos para atacar a sede do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. Um boletim de ocorrência (B.O.) foi registrado. Procurada, a direção do PL ainda não se manifestou. O partido, no entanto, registrou um boletim de ocorrência.

De acordo com informações obtidas pelo Estadão, ao menos 30 pessoas desceram de uma van e começaram o ato de vandalismo. Segundo o próprio MST em seu site oficial, a ação “teve o objetivo de denunciar a atuação do partido e de outras siglas da direita na aprovação do ‘Pacote da Destruição’, conjunto de leis que buscam flexibilizar a legislação ambiental”.

Polícia Militar (PM) foi acionada para evitar confrontos e normalizar a situação. Com registro de ocorrência, a Polícia Civil deve abrir um inquérito para investigar o caso. O primeiro passo será identificar os militantes envolvidos. De acordo com testemunhas, os integrantes do MST que participaram do ataque estavam com os rostos cobertos.

Ainda não há estimativa de prejuízo. O arcabouço que o MST chama de“Pacote da Destruição” é composta por 25 projetos de lei e três Propostas de Emenda à Constituição (PECs). De acordo com o grupo, muitos deputados que defendem as propostas fazem parte de legendas conservadoras, como o PL, “que ainda mantém em sua agenda uma atuação em função da destruição ambiental”, citaram. Até o momento, não há informação de presos no ato.

Assessor e advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro, Fábio Wajngarten se manifestou nas redes sociais, chamando a ação de “ato contra a democracia”. “É inadmissível e inaceitável o ataque que sofreu a sede do Partido Liberal em São Paulo. É um ato contra a democracia, é um ato contra a ordem democrática do Brasil. Faz-se, de forma enérgica, investigar e punir os responsáveis”, criticou o advogado (Estadão, 6/6/24)