Alckmin diz que trabalhará para incluir B20 ao PL Combustível do Futuro
GERALDO ALCKMIN- LINKEDIN
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, afirmou que o avanço do mandato de mistura de biodiesel ao diesel fóssil para 20% (B20) deverá ser uma meta estabelecida dentro do Projeto de Lei (PL) Combustível do Futuro, proposta de política pública para redução das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE). Atualmente a mistura está em 12%. A fala ocorreu durante o anúncio oficial da construção da primeira usina de etanol em grande escala do Rio Grande Sul, da produtora de biocombustíveis Be8 (antiga BSBios).
Alckmin lamentou que o País tenha interrompido, nos últimos anos, o cronograma de evolução da mistura de biodiesel, definida pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) em 2018. As projeções determinavam que o mandato de 15% já estaria em vigor em março de 2023. "Lamentavelmente, no ano passado, voltamos para B10", disse. Na atual gestão, a evolução da mistura foi retomada e o mandato passou de 10% para 12% em abril e deve alcançar o B15 em 2026. "Vamos trabalhar para, no Combustível do Futuro, irmos para B20. Biodiesel gera emprego, desenvolvimento e preserva o meio ambiente", ressaltou o ministro.
O vice-presidente também reiterou que está entre os planos de descarbonização do governo a expansão da mistura de etanol à gasolina de 27,5% para 30%. "Vamos ter a gasolina mais limpa do mundo, além do carro flex", afirmou ele.
Em referência à unidade de produção de etanol a partir de cereais em construção em Passo Fundo (RS), Alckmin parabenizou a Be8 pelo investimento de quase R$ 600 milhões no empreendimento e o aporte de outros R$ 300 milhões para produção de glúten vital. O produto é utilizado como aditivo na panificação. "O Brasil importa hoje 100% (de glúten vital)", segundo ele.
Durante a cerimônia, o presidente da Be8, Erasmo Battistella, elogiou a gestão de Alckmin e afirmou que o governo devolveu ao setor de biocombustíveis a competitividade.
"Felizmente, nos últimos sete meses, voltamos a avançar", disse. "O que mais queremos é estabilidade, previsibilidade e segurança jurídica para continuarmos investindo e reindustrializarmos o Brasil", acrescentou (Broadcast, 4/8/23)