Algodão: Análise Conjuntural Agromensal Janeiro/24 do Cepea/Esalq/USP
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O expressivo excedente brasileiro e a menor oferta norte-americana devem levar o Brasil a se tornar o maior exportador mundial de algodão em pluma. No País, o cultivo da temporada 2023/24 deve ser incentivado pelos atrasos na semeadura de soja no Cerrado, e isso deve manter o excedente interno amplo ainda em 2024 e em parte de 2025.
Assim, o Brasil deve ultrapassar os Estados Unidos e se tornar o terceiro maior produtor do mundo em 2023/24. A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) projeta que a produção brasileira da safra 2023/24 seja a segunda maior da história, ficando apenas 2,3% inferior à da temporada 2022/23, chegando a 3,099 milhões de toneladas.
Este deve ser o resultado da produtividade estimada em 1.754 kg/ha (retração de 8% frente à safra 2022/23) e da elevação na área semeada, de 6,2%, somando 1,767 milhão de hectares, a maior desde a temporada 1991/92, quando chegou a 1,971 milhão de hectares. A produção, acrescida dos estoques iniciais e das pequenas importações, deve gerar disponibilidade interna acima de 5,2 milhões de toneladas para 2024, volume nunca antes alcançado.
Deste total, a estimativa é que o consumo doméstico chegue a 730 mil toneladas, o maior em uma década, com crescimento de 7,35% frente à temporada anterior, segundo levantamento de janeiro/24 da Conab. Com isso, o Brasil terá um excedente próximo de 4,5 milhões de toneladas, pela primeira vez na história. Deste total, 2,5 milhões de toneladas devem ser exportadas em 2024, gerando um estoque final de cerca de 2 milhões de toneladas em dezembro/24.
INTERNACIONAL
Do lado da demanda, o menor crescimento da renda mundial pode limitar a procura pela pluma. O FMI (Fundo Monetário Internacional) estima que o crescimento global seja de 2,9% em 2024, contra 3% em 2023 e 3,5% em 2022. Apesar disso, previsões ainda mostram demanda mundial acima da oferta, o que, por sua vez, pressionaria os estoques e sustentaria as cotações.
O USDA indica produção mundial da safra 2023/24 em 24,642 milhões de toneladas, retração de 2,9% frente à temporada anterior. O Departamento estima queda para importantes países, mas, para o Brasil, o USDA prevê crescimento de 24,2% se comparada à safra 2022/23 e para o Paquistão, de 71,8%.
O consumo global, por sua vez, pode aumentar 1,1%, para 24,48 milhões de toneladas, ficando 0,67% inferior à oferta. Mesmo com a expectativa de menor consumo da China (queda de 2,7% frente à temporada anterior), as importações chinesas devem aumentar expressivos 84,5% em relação à safra 2022/23. Já em nível mundial, as importações podem totalizar 9,374 milhões de tonadas, elevação de 14,2% frente à temporada anterior.
Assim, o estoque mundial foi estimado pelo USDA em 18,37 milhões de toneladas na safra 2023/24, aumento de 1,4% sobre a anterior. A relação estoque/consumo está em 75,1%.
EXPORTAÇÃO
As exportações mundiais estão previstas em 9,374 milhões de toneladas, de acordo com dados do USDA. Para o Brasil, as exportações são estimadas em 2,504 milhões de toneladas na safra 2023/24 (de agosto/23 a julho/24), elevação de expressivos 72,8% frente às da temporada anterior e as maiores da história, ficando apenas 4,9% inferiores às dos Estados Unidos, que é o atual líder global.
Entretanto, em alguns momentos, o Brasil poderá ser o maior exportador mundial, quando se consideram os embarques acumulados a cada 12 meses. De agosto/23 até a parcial de janeiro 2024, o Brasil exportou 1,36 milhão de toneladas de algodão em pluma, segundo a Secex. No acumulado de 2023, os embarques somaram 1,62 milhão de toneladas.
Os Estados Unidos terão o menor excedente exportável desde 2015/16. Quando se considera a disponibilidade total (estoque inicial + produção + importação) e se subtrai o consumo interno, o excedente exportável norte-americano chega a 3,2 milhões de toneladas na temporada 2023/24.
As exportações mundiais estão previstas em 9,374 milhões de toneladas, de acordo com dados do USDA. Para o Brasil, as exportações são estimadas em 2,504 milhões de toneladas na safra 2023/24 (de agosto/23 a julho/24), elevação de expressivos 72,8% frente às da temporada anterior e as maiores da história, ficando apenas 4,9% inferiores às dos Estados Unidos, que é o atual líder global.
Entretanto, em alguns momentos, o Brasil poderá ser o maior exportador mundial, quando se consideram os embarques acumulados a cada 12 meses. De agosto/23 até a parcial de janeiro 2024, o Brasil exportou 1,36 milhão de toneladas de algodão em pluma, segundo a Secex. No acumulado de 2023, os embarques somaram 1,62 milhão de toneladas.
Os Estados Unidos terão o menor excedente exportável desde 2015/16. Quando se considera a disponibilidade total (estoque inicial + produção + importação) e se subtrai o consumo interno, o excedente exportável norte-americano chega a 3,2 milhões de toneladas na temporada 2023/24.
O Comitê Consultivo Internacional do Algodão (Icac) indicou, no relatório divulgado no início de fevereiro, que a estimativa do Índice Cotlook A para a temporada 2023/24 (de agosto/23 a julho/24) é de US$ 0,9088/lp. Entretanto, tomando-se como referência as médias de preços dos contratos futuros da ICE Futures de março/24, observa-se tendência de ligeira alta das cotações até julho/24, de 2,2%.
Porém, para os contratos Outubro/24 e Dezembro/24, os valores passam a cair, 5,1% frente aos de julho/24. mitê Consultivo Internacional do Algodão (Icac) indicou, no relatório divulgado no início de fevereiro, que a estimativa do Índice Cotlook A para a temporada 2023/24 (de agosto/23 a julho/24) é de US$ 0,9088/lp.
Entretanto, tomando-se como referência as médias de preços dos contratos futuros da ICE Futures de março/24, observa-se tendência de ligeira alta das cotações até julho/24, de 2,2%. Porém, para os contratos Outubro/24 e Dezembro/24, os valores passam a cair, 5,1% frente aos de julho/24 (Assessoria de Comunicação, 7/2/24)