Alta do boi na semana foi expressiva,com praças importantes acima da média
Legenda: Feriadão exigiu um pouco mais de compras e os frigoríficos pagaram mais (imagem: Reuters/Paulo Whitaker)
Somados os levantamentos das duas consultorias que mapeiam a cotação do boi, a @ vai para terça-feira com ganhos bem positivos. As altas nesta semana foram marcadas pela sequência de oferta curta e dificuldade na programação dos abates, com o feriadão de 7 de setembro exigindo preços melhores dos frigoríficos para originar animais.
E com o dia dos pagamentos na agenda, o que sempre ajuda – tanto que a carne no atacado subiu – mesmo com a economia na lentidão da pandemia.
Nas praças mais importantes em boiada e consumo, a calibragem nas cotações foram maiores que a média nacional, mas, mesmo assim, a régua geral está sendo considerada expressiva.
Pela Scot Consultoria, que pesquisa 32 regiões, as principais saem da semana com ganhos pouco acima de 2% no animal gordo. Na pesquisa da Agrifatto, com menor número de praças pesquisadas, a alta brasileira foi de 2,62%.
Nesta sexta (4), a primeira empresa deu negócios em São Paulo estáveis sobre a véspera, de R$ 236,50 à vista, sem desconto do Funrural. Pela Agrifatto, a cotação escalou 3,40% na semana e o boi ficou em R$ 234,42 no último dia de negócios (mais 0,16%), também no mercado paulista, com recolhimento do Funrural pelo produtor.
O desalinhamento nos preços acaba se dando pela ponderação da média em relação à diferença no número de localidades e, certamente, pela quantidade de negócios informados. Também as médias sofrem variações pelo volume e tipo de animal negociado – e informado –, com prêmio (exportação) ou sem prêmio.
Mas não tira a força visível do boi, mesmo que os levantamentos das consultorias também sejam referência básica de balcão. Portanto, negócios acima são comuns.
No Mato Grosso do Sul, por exemplo, a Agrifatto registrou hoje a mediana estadual em R$ 233,50 (mais 0,49%), encostada a que a notou em São Paulo. Na semana, a expansão foi de 3,32%.
Já Scot traz a média por praças no estado, indo de R$ 229,50 em Três Lagoas, a R$ 232,50, em Dourados, e Campo Grande na intermediária. E todos em alta também (Money Times, 4/9/20)