30/01/2025

Alta do dólar estimula fixação de preços de açúcar por usinas

Alta do dólar estimula fixação de preços de açúcar por usinas

Consultoria estima que, até 31 de dezembro, 60,75% do volume de açúcar destinado ao mercado externo na temporada 2025/26 estava com preço fixado. Foto Claudio Neves - Portos do Paraná

 

Câmbio tem influenciado a estratégia das indústrias.

 

A recente alta do dólar gerou preços mais atrativos para o açúcar e estimulou a fixação de preços de exportação por parte das usinas. A avaliação é da Archer Consulting. Só entre outubro de dezembro do ano passado, as indústrias negociaram cerca de 6,5 milhões de toneladas da commodity.

 

A consultoria estima que, até o dia 31 de dezembro, 60,75% do volume de açúcar destinado ao mercado externo na temporada 2025/26 estava com preço fixado. No mês passado, o preço médio foi de R$ 2.513 por tonelada. No acumulado do ano de 2024, de R$ 2.497 a tonelada.

 

“O que tem impulsionado as usinas a intensificar as fixações é a valorização expressiva do dólar nos últimos meses. Esse movimento mostra claramente como a dinâmica cambial tem influenciado a estratégia de hedge das usinas, garantindo preços mais atrativos para o volume destinado à exportação”, resume o sócio diretor da Archer, Arnaldo Correa, em nota.

 

Ele destaca que o dólar registrou uma cotação média de R$ 5,54 em setembro de 2024. O valor passou para R$ 5,62 em outubro, R$ 5,80 em novembro e para R$ 6,11 em dezembro.

 

Apesar do estímulo aos negócios nos últimos meses, os números da Archer mostram que o volume de açúcar comprometido para exportação ainda é inferior ao de anos anteriores. Na safra 2021/22, a proporção estava em 69%. Na de 2023/24, em 68,1% (Globo Rural, 29/1/25)