Alta do dólar inibe importações de milho
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Preço do cereal permanece estável, mas em patamar elevado.
O mercado do milho continua parado. A saca está próxima de R$ 90 desde o início do mês, conforme cotações do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).
Ainda caro na avaliação dos compradores, mas barato na dos vendedores, que aguardam novas altas.
As indústrias esperavam que as importações, que já são recordes neste ano, pudessem dar um suporte mais baixo para o cereal.
A continuidade da taxa do dólar bastante elevada, porém, dificulta as compras externas. Nesta terça-feira (19), a moeda norte-americana subiu para R$ 5,59, com evolução de 1,35% no dia.
De janeiro a setembro, o país importou 1,63 milhão de toneladas de milho, no valor de US$ 352 milhões (R$ 1,9 bilhão, na cotação atual). O aumento do volume, em relação ao mesmo período do ano passado, foi de 125%.
Já as exportações, devido à quebra da safrinha, recuaram para 12,8 milhões de toneladas até setembro, 35% menos do que as de janeiro a setembro de 2020.
A chegada de milho importado nos portos neste mês continua com ritmo bem superior ao do ano passado. Segundo a Secex, as compras externas somaram 28 mil toneladas por dia útil neste mês, 44% a mais do que em setembro.
Diante dos preços ainda elevados do milho, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), mediante uma portaria interministerial, foi autorizada a adquirir até 110 mil toneladas do cereal para as operações de venda em balcão para os pequenos criadores.
Os recursos orçamentários para a subvenção do programa, porém, foram limitados em R$ 80 milhões para essa compra (Folha de S.Paulo, 20/10/21)