Amor ao próximo – Por Tarcisio Angelo Mascarim
No meu artigo anterior, “A unificação de todas as igrejas”, escrevi sobre o risco de existirem tantas religiões e igrejas no mundo e que dificilmente haverá uma unificação, apesar de este ser um pedido que faço ao Papa Francisco em orações, para a nossa salvação.
Porém, outra alternativa para a nossa salvação é mantermos a fé na ressurreição de Jesus e o amor ao próximo, conforme a mensagem do Papa Francisco transmitida na missa do último dia 6 de maio, na Praça São Pedro, com o título “Papa: o amor é a atitude fundamental do coração”, a qual tomo a liberdade de transmitir aos nossos leitores, de acordo com o site Vatican News:
“O Papa Francisco rezou a oração mariana de Regina Coeli, neste domingo (06/05), com os fiéis e peregrinos de várias partes do mundo, reunidos na Praça São Pedro.
Na alocução que precedeu a oração, o Pontífice ressaltou que ‘neste tempo pascal a Palavra de Deus continua nos indicando estilos de vida coerentes para ser a comunidade do Senhor Ressuscitado’.
Dentre esses estilos, o ‘Evangelho de hoje apresenta a entrega de Jesus: ‘Permaneçam no meu amor’, permanecer no amor de Jesus’.
‘Viver na corrente do amor de Deus, estabelecer a morada, é a condição para que o nosso amor não perca pelas ruas o seu ardor e a audácia. Nós também, como Jesus e Nele, devemos acolher com gratidão o amor que vem do Pai e permanecer neste amor, tentando não nos separar dele com o egoísmo e o pecado. É um programa exigente, mas não impossível.’
Segundo o Papa, ‘primeiramente, é importante tomar consciência de que o amor de Cristo não é um sentimento superficial, mas uma atitude fundamental do coração, que se manifesta no viver como Ele quer. De fato, Jesus afirma: ‘Se vocês obedecem aos meus mandamentos, permanecerão no meu amor, assim como eu obedeci aos mandamentos do meu Pai e permaneço no seu amor.’’
‘O amor se realiza na vida cotidiana, nos comportamentos, nas ações: caso contrário é apenas algo ilusório. São palavras, palavras, palavras: isso não é amor. O amor é concreto todos os dias. Jesus nos pede para observar os seus mandamentos, que se resumem nisso: ‘Amem-se uns aos outros, assim como eu amei vocês’’.
E Francisco perguntou: ‘Como fazer para que esse amor que o Senhor Ressuscitado nos doa possa ser partilhado pelos outros? Muitas vezes, Jesus indicou quem é o outro a amar, não com palavras, mas com fatos. É aquele que encontro em meu caminho e me interpela com o seu rosto e sua história; é aquele que, com a sua presença, me impulsiona a sair de meus interesses e minhas seguranças; é aquele que espera a minha disponibilidade de acolher e caminhar juntos na mesma estrada.’
‘Disponibilidade a todo irmão e irmã, quem quer que seja e em qualquer situação que se encontre, começando com aquele que está próximo a mim na família, na comunidade, no trabalho, na escola. Desta forma, se eu permaneço unido a Jesus, o seu amor pode alcançar o outro e atraí-lo a si, para sua amizade’, sublinhou o Santo Padre.
Para Francisco, ‘esse amor pelos outros não pode ser reservado a momentos excepcionais, mas deve se tornar a constante de nossa existência. É por isso que somos chamados, por exemplo, a proteger os idosos como um tesouro precioso e com amor, mesmo que criem problemas econômicos e inconvenientes, devemos protegê-los. É por isso que aos doentes, mesmo no último estágio, devemos prestar toda a assistência possível. É por isso que os nascituros devem ser sempre acolhidos. É por isso que, em última análise, a vida deve ser sempre protegida e amada desde a concepção até a morte natural. Isso é amor.’
‘Somos amados por Deus em Jesus Cristo, que nos pede para amar uns aos outros como Ele nos ama. Mas nós não podemos fazer isso se não tivermos o seu próprio coração em nós.’
‘A Eucaristia, à qual somos chamados a participar todos os domingos, tem como objetivo formar em nós o Coração de Cristo, de modo que toda a nossa vida seja guiada por suas atitudes generosas.’
‘Que a Virgem Maria nos ajude a permanecer no amor de Jesus e a crescer no amor por todos, especialmente os mais vulneráveis, a fim de corresponder plenamente à nossa vocação cristã’, concluiu o Papa.”
Vamos, portanto, continuar orando para que o nosso Papa Francisco consiga a unificação de todas as igrejas do mundo, e nós continuemos amando ao nosso próximo e com fé na ressurreição, para a salvação de todos (Tarcisio Angelo Mascarim é sócio e administrador da Mascarim & Mascarim Sociedade de Advogados. Leia mais artigos no blog www.tarcisiomascarim.com.br)