Após a ressurreição de Jesus, para onde foi Maria?
Por Tarcisio Angelo Mascarim
Em meu recente artigo “A grande virtude de São José”, relato que, devido ao seu silêncio (sua grande virtude), de sua boca não temos nenhuma palavra, nem uma sequer, que seja do nosso conhecimento. Ele é, sem dúvida, uma das personagens mais importantes do Novo Testamento, mas também uma das quais menos se fala.
O silêncio, tão presente na figura de São José, é o grande “porteiro da vida interior”, sem o qual é absolutamente impossível ter a intimidade com Deus.
Agora, quero falar da criatura mais importante do mundo, que foi Maria, esposa de José e mãe de Jesus Cristo, por intermédio do Espírito Santo. E a pergunta que nos traz a Maria é o título deste artigo: onde ela ficou depois da ressurreição de Jesus?
Para responder, tomo a liberdade de utilizar o site Aleteia e transmitir aos leitores a mensagem “Onde Maria viveu depois da Ressurreição?”, escrita por Phlip Kosloski, no último dia 11 de maio.
“Depois que Jesus ressuscitou dos mortos e subiu ao Céu, para onde foi A mãe Dele? A Escritura não nos fornece um endereço exato, mas deixa várias pistas.
Acredita-se que, na época da morte de Jesus, José, seu pai adotivo, já tinha falecido, o que deixaria Jesus como responsável por sua mãe.
Por isso, quando estava prestes a morrer na cruz, Jesus designou um de seus discípulos para cuidar de Maria:
‘Quando Jesus viu sua mãe e perto dela o discípulo que amava, disse à sua mãe: Mulher, eis aí teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E dessa hora em diante o discípulo a levou para a sua casa’ (João 19,26-27).
A maioria dos estudiosos da Bíblia concorda com uma tradição que diz que ‘O discípulo que ele amava’ era João Evangelista. E, a princípio, parece que João cuidou de Maria em Jerusalém, como menciona do livro de Atos dos Apóstolos:
‘Voltaram eles então para Jerusalém do monte chamado das Oliveiras, que fica perto de Jerusalém, distante uma jornada de sábado. Tendo entrado no cenáculo, subiram ao quarto de cima, onde costumavam permanecer. Eram eles: Pedro e João, Tiago, André, Filipe, Tomé, Bartolomeu, Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, o Zelador, e Judas, irmão de Tiago. Todos eles perseveravam unanimemente na oração, juntamente com as mulheres, entre elas Maria, mãe de Jesus, e os irmãos dele’ (Atos dos Apóstolos 1, 12-14).
Disso, infere-se que, pelo menos depois da morte, ressurreição e ascensão de Jesus, Maria viveu com os apóstolos em Jerusalém. Segundo uma tradição, foi também em Jerusalém que Maria morou o resto de sua vida, percorrendo o ‘caminho da cruz’ todos os dias e relembrando os passos de seu filho. Essa tradição ainda diz que a ascensão de Maria aconteceu em Jerusalém e os apóstolos foram testemunhas disso.
Atualmente, existe uma igreja construída perto do Monte das Oliveiras. Acredita-se que Maria tenha sido enterrada lá. O local é venerado pela Igreja Ortodoxa Oriental. Também há outro lugar em Jerusalém, a Igreja da Dormição, que é conservada pelos monges beneditinos. Em ambos os lugares, segundo a tradição, pode ter ocorrido a ascensão de Maria.
Por outro lado, há uma tradição que situa João Evangelista na cidade de Éfeso. Muitos acreditam que, como João vivia naquela cidade, a Virgem Maria morou lá com ele. A crença ganhou força por causa das revelações privadas da beata Ana Catalina Emmerick, no século XIX, que fazia referência à casa de Maria em Éfeso.
Em 1981, a irmã Marie de Mandat-Grancey descobriu em Éfeso uma casa do século I, juntamente com as ruínas de uma igreja construída sobre elas no século IV. O lugar foi um destino popular de peregrinação para muitas pessoas, incluindo vários papas do século anterior.
Enfim, independentemente de onde Maria tenha vivido durante os dias finais de sua vida, quando ela ascendeu ao céu, virou nossa mãe e continua sendo a Mãe da Igreja, sempre intercedendo por nós diante de seu Filho.”
Por isso, independentemente de como tenha sido sua ascensão, vamos continuar orando pela Sagrada Família, para que tenhamos um mundo melhor, livre dos pecados, e ao Papa Francisco, para que, com fé, coragem, saúde e amor, ele consiga a unificação de todas as igrejas, junto aos seus padres e bispos, e a conversão dos pecadores, e leve a juventude a acreditar na divindade de Jesus, para o fortalecimento de nossa fé em Deus, para a nossa salvação (Tarcisio Angelo Mascarim é sócio e administrador da Mascarim & Mascarim Sociedade de Advogados. Leia mais artigos no www.tarcisiomascarim.com.br)