Aprendendo com a Bíblia – Por Tarcisio Angelo Mascarim
Deus enviou seu filho Jesus Cristo para a nossa salvação, pois, até aquele momento, o povo não havia atendido às suas obrigações perante Ele. Assim, Jesus nasceu para que transmitisse as obrigações ao povo, para que a humanidade fosse salva para a vida eterna.
E, então, Jesus foi morto e crucificado pelo povo e, no terceiro dia, ressuscitou. Agora, para a nossa salvação, temos que acompanhá-Lo, mantendo nossa fé nEle e na sua ressurreição. Só assim seremos salvos para a vida eterna.
Porém, outra notícia publicada no site Aleteia, no último 26 de dezembro, deixou-me mais preocupado com o povo do mundo sobre sua fé em Jesus Cristo e na sua ressurreição: “Interesse dos americanos pela Bíblia está em queda”, por Mario Paredes.
Na tentativa de auxiliar a reverter esta situação, tomo a liberdade de transmitir aos leitores um pouco de conhecimento bíblico, aproveitando do mesmo site Aleteia que, no último 5 de janeiro, publicou o texto “O que realmente sabemos sobre Melchior, Gaspar e Baltazar, os três ‘Reis Magos’?”:
“Eram mesmo três? Eram mesmo reis? Eram mesmo magos? Tinham esses nomes? O que significa esse episódio tão enigmático do Evangelho?
A Igreja Católica celebra em 6 de janeiro a solenidade da Epifania do Senhor, que evoca o reconhecimento da divindade do recém-nascido Menino Jesus – um reconhecimento simbolizado na adoração prestada a Ele por ilustres homens ‘sábios vindos do Oriente’, aos quais a tradição atribuiu o título de ‘reis magos’ e os nomes de Melchior, Gaspar e Baltazar.
Mas quem eram esses misteriosos sábios vindos de longe? O que se sabe sobre eles?
DO ORIENTE – O Evangelho menciona que eles vieram do ‘Oriente’ (MT 2,1), o que pode indicar a Arábia, a Mesopotâmia ou algum outro território a Leste da Palestina.
SÁBIOS – O mesmo Evangelho diz que eles chegaram até Belém ‘guiados por uma estrela’ (Mt 2,2), o que dá a entender que eram homens familiarizados, ao menos até certo ponto, com a astronomia, além, é claro, de conhecerem as escrituras judaicas que profetizavam a chegada do Messias.
‘MAGOS’ – Foi possivelmente Orígenes, um importante escritor do século III, quem usou pela primeira vez o termo ‘magos’ para se referir aos três sábios do Oriente, por causa dos seus místicos presentes ao Menino Jesus: incenso, mirra e ouro. O termo, em todo caso, não tem uma conotação de ‘bruxos’ como poderia interpretar-se atualmente, mas de homens que, não sendo judeus, exerciam entre os seus povos alguma autoridade espiritual derivada de seus conhecimentos de tipo místico, astronômico, religioso. O fato é que não há consenso algum quanto ao significado preciso da palavra ‘mago’, posteriormente atribuída a esses sábios do Oriente.
REIS – Tertuliano parece ter sido o primeiro autor a sugerir que aqueles sábios eram ‘quase reis’, coisa que nenhum outro escritor havia registrado expressamente até ao menos o século VI. Essa atribuição, depois, se popularizou – talvez por influência do Salmo 72,10, que diz que os reis da terra se prostrariam e ofereceriam ao Messias os seus presentes. No século VIII, a arte cristã já representa como reis aqueles sábios do Oriente que visitaram o Menino Jesus, embora pinturas nas catacumbas de Santa Priscila, de quase seis séculos antes, prefiram apresentá-los como nobres. Que eles tinham origem nobre, de fato, presume-se ainda por conta do tratamento deferente que lhes foi oferecido na corte do rei Herodes. O Evangelho, no entanto, nada cita sobre a suposta ‘realeza’ daqueles sábios do Oriente – aliás, nem sequer afirma que eles fossem três. A associação com esse número, provavelmente, deriva do fato de terem sido entregues três presentes a Jesus.
OS NOMES – É só a partir do século VIII que os sábios passam a ser ‘nomeados’. Os primeiros nomes foram Bithisarea, Melchior e Gathaspa, enquanto as versões Gaspar, Melchior e Baltazar só passam a ser mencionadas no século IX pelo historiador Agnello.
A HISTÓRIA – Embora envolta no mistério das lendas e das interpretações da piedade popular, a visita desses enigmáticos sábios do Oriente ao Menino Jesus é um fato embasado não apenas no relato evangélico: é plausível também quando contrastada com os registros históricos do aberrante e abominável episódio da matança dos inocentes, comandada pelo sanguinário rei Herodes. O rei se baseou, entre outras, nas informações obtidas junto aos próprios sábios do Oriente, quando da sua passagem pela corte.
O SIGNIFICADO – Ainda que não se conte com registros verificáveis sobre a sua precisa origem, quantidade, condição e nomes reais, os assim chamados ‘três reis magos’ representam os povos de toda a Terra que se dirigem ao Menino Jesus e O reconhecem como Deus. Isto, afinal, é a ‘Epifania’: a manifestação perceptível de Deus!”
Aí está, portanto, a história dos três Reis Magos, para consolidar o nascimento de Jesus Cristo. Vamos continuar com a fé nEle e na sua ressurreição, para a nossa salvação à vida eterna (Tarcisio Angelo Mascarim é sócio e administrador da Mascarim & Mascarim Sociedade de Advogados. Leia outros artigos em tarcisiomascarim.com.br)