08/01/2018

Até que enfim a retomada – Por Tarcisio Angelo Mascarim

Até que enfim a retomada – Por Tarcisio Angelo Mascarim

 

 

Após ler uma entrevista do presidente do CeiseBR, Aparecido Luiz, publicada no portal BrasilAgro, acredito que agora o setor sucroenergético deverá retomar seu desenvolvimento econômico.

São dois trechos que me fizeram acreditar:

1 - “O setor de biocombustíveis acaba de dar um grande passo rumo à sua retomada. Na última terça-feira, 12 de dezembro, o Senado aprovou o Projeto de Lei Complementar 160/2017, que cria a Política Nacional de Biocombustíveis, o Renovabio. Agora, a proposta aguarda sanção do presidente da República, Michel Temer.”

2 – “‘Tendo em vista que uma das estratégias é dobrar a produção de etanol até 2030, toda a cadeia produtiva da cana-de-açúcar irá se beneficiar, inclusive a nossa indústria de base. Por parte das unidades produtoras, surgirá a necessidade do ganho de eficiência e de produtividade. A construção de mais plantas também não está descartada para atender à demanda, o que, consequentemente, vai aumentar o número de pedidos de retrofit e de novos equipamentos. É uma grande vitória para este setor tão essencial para a economia brasileira que, por muito tempo, ficou à deriva e perdeu competitividade, mas que agora poderá voltar a contribuir de forma sustentável, gerando empregos e renda, avalia o Aparecido Luiz”.

Porém, a minha crença na retomada depende agora da sanção do presidente da República, Michel Temer, e conta com a sinergia do RenovaBio, uma vez que o projeto de lei também se dispõe a contribuir para a redução dos gases de efeito estufa, alinhado aos compromissos assumidos pelo Brasil no Acordo do Clima de Paris.

Tenho defendido a retomada do desenvolvimento econômico do setor sucroenergético, prejudicado pela política equivocada da nossa ex-Presidente Dilma Rousseff em 2009, que abaixou o preço da gasolina, causando a quebra do setor de bens de capital (fabricantes do setor sucroenergético), bem como provocou prejuízos maciços para a Petrobras, com a importação da gasolina mais cara para vender ao Brasil com preço baixo.

Com a aprovação da implantação do RenovaBio, aumenta a nossa esperança na retomada do setor. Após 8 anos de estagnação, a expectativa para a safra 2017/18 é de 647 milhões de toneladas de cana-de-açúcar e, até 2030, a produção da cana-de-açúcar deverá ser dobrada.

Para que isso seja possível, um estudo feito por especialistas do BNDES, arquivado desde 2011, pode ajudar. É preciso apenas sua atualização, visto que a conclusão já citava: “(...) Estima-se que 134 novas usinas, com capacidade de moagem de quatro milhões de toneladas de cana cada uma, sejam necessárias para atender à demanda projetada para os próximos anos. Isso equivale à instalação de cerca de l7 usinas por safra, a partir de 2013/14”.

Então, digo novamente: com a sanção do Presidente Michel Temer e a sinergia do RenovaBio, espero que o setor sucroenergético retome o seu desenvolvimento econômico, dando renda ao nosso País, emprego à nossa gente e melhorando sensivelmente o meio ambiente (Tarcisio Angelo Mascarim é sócio e administrador da Mascarim & Mascarim Sociedade de Advogados. Leia mais artigos no www.tarcisiomascarim.com.br)