07/10/2024

Balança comercial tem superávit de US$ 5,4 bi em setembro

Balança comercial tem superávit de US$ 5,4 bi em setembro

BALANÇA COMERCIAL imagem Reprodução – Blog Capital Research

 

MDIC afirma que queda nos preços de exportação e na demanda mundial influenciam previsão de resultado anual.

balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 5,4 bilhões (R$ 29,4 bi) em setembro, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (4) pelo MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), que também reduziu sua projeção para o saldo total no fechamento deste ano.

Ao fazer a revisão trimestral de projeções para o ano, o MDIC estimou que a balança comercial fechará 2024 com um saldo positivo de US$ 70,4 bilhões (R$ 384,1 bi), ante previsão anterior de superávit de US$ 79,2 bilhões (R$ 432,2 bi).

Com a piora, o resultado previsto para o ano, se confirmado, ficará 28,9% abaixo do observado em 2023, quando houve superávit de US$ 98,9 bilhões (R$ 539,7 bi).

A projeção considera que o país fechará 2024 com US$ 335,7 bilhões (R$ 1,8 tri) em exportações, contra US$ 345,4 bilhões (R$ 1,9 tri) estimados em julho. A estimativa para as importações ficou em US$ 265,3 bilhões (R$ 1,4 tri), ante US$ 266,2 bilhões (R$ 1,5 tri).

"Temos preços de exportação que foram decrescendo ao longo do ano, e o último dado do volume da demanda mundial mostrava pequena queda, isso influencia o resultado, que mostra agora uma pequena redução na exportação", afirmou o diretor de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior do MDIC, Herlon Brandão, ponderando que a variação é considerada pequena.

O superávit registrado em setembro foi 41,6% menor do que o registrado no mesmo mês de 2023, mas veio acima do esperado pelo mercado. Pesquisa da Reuters com economistas apontava expectativa de saldo positivo de US$ 4,7 bilhões (R$ 25,6 bi) para o período.

O dado do mês passado é fruto de US$ 28,8 bilhões (R$ 157,1 bi) em exportações, em linha com o observado em setembro de 2023, com quedas em embarques de petróleo, minério de ferro, soja e milho sendo compensados por ganhos em café, açúcares, carne e celulose.

As importações fecharam o mês em US$ 23,4 bilhões (R$ 127,7 bi), crescimento de 20%, com elevações em adubos e fertilizantes, acessórios de veículos e medicamentos (Folha, 5/10/24)

BMW: 10 anos de produção no País e anúncio de investimento de R$ 1,1 bi

Aporte será voltado para montagem de veículos com maior eficiência energética, incluindo híbridos e elétricos.

Dez anos após construir seu primeiro carro no Brasil, a BMW anuncia um novo ciclo de investimentos no país. A fábrica de Araquari (SC) vai receber um aporte de R$ 1,1 bilhão, com previsão para ocorrer entre 2025 e 2028, com foco no desenvolvimento de modelos com maior eficiência energética.

O anúncio foi feito nesta sexta-feira (4) por Milan Nedeljkovic, membro do conselho de administração e produção da BMW. O executivo disse que a fábrica é uma das mais versáteis no mundo, capaz de produzir, ao mesmo tempo, automóveis a gasolina, flex ou híbridos.

Com a evolução, será possível montar até veículos 100% elétricos no Brasil. Hoje, os principais carros nacionais da marca são o sedã Série 3, com motor 2.0 turbo flex, e o SUV X1 em duas versões a gasolina.

O próximo modelo a entrar em produção será o SUV de luxo X5 PHEV. A sigla se refere à tecnologia híbrida plug-in, que concilia motorização a combustão e elétrica, cm possibilidade de recarga em eletropostos ou garagens.

Nedeljkovic afirma que o grupo BMW tende a iniciar o processo de eletrificação com o lançamento de híbridos, que podem ser seguidos por versões apenas a bateria. Esse deverá ser o caminho adotado no Brasil, mas ainda não foram definidas datas para produção de opções 100% elétricas.

A decisão de produzir no Brasil foi tomada no início da década passada, pouco antes das mudanças de tarifa que resultaram no regime de cotas e na sobretaxa sobre modelos importados (2011), no governo Dilma Rousseff (PT).

 

A primeira unidade foi montada em outubro de 2014: um sedã Série 3 branco equipado com motor flex, que faz parte do acervo da marca e tem assinaturas dos funcionários da empresa na carroceria.

Na época, o carro custava a partir de R$ 134.950. Hoje, o preço começa em R$ 332.950, segundo o site da montadora alemã.

Na inauguração, a montadora anunciou que a capacidade de produção seria de 32 mil carros por ano, mas as crises que vieram na sequência travaram o mercado de carros de luxo no Brasil e impediram a expansão. Hoje, o número é estimado em 11 mil unidades/ano.

Maru Escobedo, presidente do BMW Group Brasil, disse que a produção segue a demanda, e afirmou ainda que, conforme o crescimento do mercado, é possível aumentar o número de unidades fabricadas.

Ainda assim, trata-se da operação mais bem-sucedida entre as marcas premium no Brasil, com volume maior de produção local e mais processos fabris quando comparado a Audi (São José dos Pinhais, PR) e Jaguar Land Rover (Itatiaia, RJ).

A Mercedes-Benz encerrou a produção local de carros de passeio em dezembro de 2020. A fábrica de Iracemápolis (interior de São Paulo) pertence hoje à chinesa GWM (Folha, 5/10/24)

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