Balanço global de açúcar deve registrar déficit de 4,3 mi de t em 2019/20
O Rabobank divulgou relatório trimestral para mercado de açúcar no qual estima déficit global de 4,3 milhões de toneladas na safra 2019/20. O banco projeta modesto excedente de 1,1 milhão de t em 2018/19. Conforme o banco, a projeção para 2019/20 considera queda na produção da Índia, Tailândia e União Europeia e um modesto aumento na safra brasileira.
O Rabobank considera que as cotações do açúcar demerara na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) deve se manter dentro de intervalo recente entre 11,5 centavos de dólar por libra-peso e 14 centavos de dólar nos próximos meses. Abaixo de 11,5 cents, a exportação da Índia deve diminuir. Acima de 14 cents, a expectativa é de aumento da oferta brasileira no mercado internacional.
No curto prazo, o estoque de açúcar deve se manter relativamente alto. No entanto, com o déficit projetado e o crescimento do consumo global estimado em cerca de 1,4%, ao fim do período 2019/2020 (setembro de 2020) a relação global entre estoque e consumo deve cair para 38,9%, mas ainda acima da média dos últimos 10 anos, de 38,4%.
O banco salienta que a oscilação as cotações do petróleo ou da gasolina tem potencial para influenciar o mercado de açúcar, mas sem força para tirar o mercado do intervalo de 11,5 cents e 14 cents.
Com relação aos principais países produtores, o Rabobank estima que o Centro-Sul do Brasil deve colher entre 560 milhões e 570 milhões de toneladas de cana-de-açúcar em 2019/20, com produção de 28 milhões a 29 milhões de t de açúcar, em comparação com projeção de 26,5 milhões de t do alimento em 2018/19.
O Rabobank projeta que a Índia deve produzir 31,8 milhões de t de açúcar em 2019/20, abaixo dos 34 milhões de t de açúcar em 2018/19, por causa do impacto do clima seco (Broadcast, 22/3/19)