Bayer vê Brasil como chave para expansão de divisão global de crop science
A divisão de “crop science” da Bayer irá liderar os ganhos de receita da companhia no Brasil neste ano e no próximo, com o país se tornando o principal motor para o crescimento da empresa e seu segundo maior mercado no mundo, disse nesta terça-feira o presidente global da unidade de “science crop” do grupo alemão, Liam Condon (Foto).
Condon afirmou em encontro com jornalistas em São Paulo que uma vez que seja concluída pela companhia a aquisição da norte-americana Monsanto, a receita combinada das empresas será de cerca de 15 bilhões de reais no Brasil.
Cerca de 80 por cento das vendas brasileiras virão do negócio agrícola, incluindo agroquímicos e licenciamento de sementes geneticamente modificadas, disse ele.
O chefe de operações da divisão, Gerhard Bohner, afirmou que isso representará um aumento de 60 por cento frente às vendas no Brasil antes da junção com a Monsanto.
A aquisição da Monsanto ressalta a crescente importância da divisão de agronegócio para a Bayer, que também fabrica farmacêuticos e tem um negócio de saúde para o consumidor.
A divisão de “crop science” é ainda mais vital no Brasil, onde safras recordes têm sido um raro ponto positivo em meio a uma lenta recuperação econômica do país.
“Nós esperamos que as vendas no Brasil cresçam neste ano e no próximo”, disse Condon.
Ele prometeu novas projeções depois que a Bayer começar a integração da Monsanto, o que só deve acontecer por volta de agosto, depois que ela completar os desinvestimentos necessários para ter a aprovação regulatória do acordo de 63 bilhões de euros.
Em setembro, as empresas irão divulgar os resultados da nova companhia fruto da combinação de ambos os grupos, disse Condon (Reuters, 3/7/18)