30/05/2023

BB vai permitir compra de imóveis rurais em leilão com créditos de carbono

Créditos de carbono são calculados para remunerar financeiramente quem ajuda a evitar a geração de gases de efeito estufa. Foto: Bruno Kelly - Reuters

Créditos de carbono Foto  Bruno Kelly - Reuters

 

Disputa ocorrerá de forma online em 7 de junho; créditos deverão ser gerados de acordo com padrão internacional.

Banco do Brasil vai permitir, pela primeira vez, que o pagamento por imóveis rurais leiloados seja feito com créditos de carbono, de modo parcial ou integral. Os lances estão abertos, e a sessão de disputa online ocorrerá em 7 de junho, pelo site www.lancenoleilao.com.br.

Segundo o banco, os créditos poderão ser usados com valor unitário máximo de R$ 88,27. Para serem aceitos no pagamento, eles devem ser gerados de acordo com padrões e termos reconhecidos pelo mercado regulado ou pelo mercado voluntário, como o “Verified Carbon Standard”. Também é possível pagar pelos imóveis totalmente em dinheiro.

 

Serão vendidos seis imóveis, em Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina. Os descontos serão de até 55% em relação ao valor de mercado.

O banco afirma que a novidade visa fomentar o mercado de créditos de carbono. Também permite que geradores dos créditos invistam em imóveis rurais sem se descapitalizar.

No ano passado, o BB começou a auxiliar produtores rurais que são clientes da instituição na geração de créditos de carbono.

“Fomos os primeiros a investir em uma parceria com uma startup do segmento e oferecer uma experiência totalmente digital para os compradores”, diz em nota o diretor de Suprimentos, Infraestrutura e Patrimônio do banco, Gustavo Lellis. “Agora, alinhamos o aspecto ambiental a essas vendas, o que reforça o compromisso assumido pelo banco por meio da sua Agenda 30 de sustentabilidade.”

A nova modalidade de pagamento permitirá ao BB ter uma nova fonte de aquisição desse tipo de ativo, que utiliza desde 2021 para compensar emissões de gases causadores do efeito estufa dos escopos 1 e 2. O banco tem investido ainda em energia renovável, e deve inaugurar 20 novas usinas fotovoltaicas para atender à demanda das agências neste ano (Estadão, 30/5/23)