Biodiesel/Argentina/USDA: Produção em 2021 deve ser a 2ª menor em 11 anos
A produção de biodiesel na Argentina em 2021 deve ser uma das menores desde que a indústria do país foi criada, em 2007, disse o adido do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Buenos Aires. O volume este ano está projetado em 1,54 bilhão de litros, o segundo menor nível dos últimos 11 anos, acima apenas da produção de 2020.
Embora as exportações tenham praticamente voltado aos níveis anteriores à pandemia, a produção para atender às exigências de mistura do país deve alcançar apenas 500 milhões de litros em 2021, disse o adido. O volume é bem menos da metade dos níveis pré-pandêmicos e o menor desde o início do programa, com uma taxa média de mistura de 4%.
Isso se deve, entre outros fatores, ao não cumprimento das exigências de mistura, ao fraco consumo de diesel por causa da recessão econômica e à nova lei dos biocombustíveis na Argentina, segundo o adido. Aprovada em julho, a lei reduz de 10% para 5% a mistura obrigatória de biodiesel no diesel, e permite que a Secretaria de Energia reduza esse porcentual para até 3%, dependendo das condições de mercado.
O adido estima que a capacidade ociosa em 2021 deva ficar em 65%. A Argentina tem 33 usinas de biodiesel, com capacidade total de produção de 4,43 bilhões de litros. Essas usinas usam quase exclusivamente óleo de soja como matéria-prima.
As exportações argentinas em 2021 devem somar 1,1 bilhão de litros, um aumento de 63% ante a fraca base de comparação de 2020, projetou o adido. A União Europeia continua sendo o único mercado de escoamento do biodiesel argentino, atendendo a uma cota anual de 1,36 bilhão de litros a um preço mínimo de importação. As exportações para os EUA e o Peru parecem improváveis devido às altas tarifas de importação, disse o adido (Broadcast, 27/8/21)