Biosev tem prejuízo de R$ 577 mi no 1º trimestre de 2017/18
A Biosev, braço sucroenergético da Louis Dreyfus Company (LDC), reportou prejuízo líquido de R$ 577,3 milhões no primeiro trimestre do ano-safra 2017/2018, entre abril e junho deste ano. O resultado supera em 63% os R$ 353,3 milhões de prejuízo registrados em igual período do ciclo anterior.
A receita líquida da companhia (ex-HACC) aumentou 15,4% na mesma base de comparação, para R$ 1,954 bilhão, enquanto o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado totalizou R$ 159 milhões, uma alta de 13,5%. A dívida líquida em 30 de junho era de R$ 5,218 bilhões, aumento de 11,1% na comparação com o nível verificado o final do primeiro trimestre de 2016/2017.
A Biosev investiu um total de R$ 266,7 milhões no trimestre, 6,5% mais do que em igual período do ciclo anterior. Do total, R$ 231,68 milhões foram investidos em atividades operacionais, alta de 6,5%. Para expansão, o montante foi de R$ 1,66 milhão, redução de 64%.
No primeiro trimestre da safra 2016/2017, as usinas da Biosev moeram 9,62 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, crescimento de 6,5% em relação ao ciclo anterior. O destaque é o polo de Ribeirão Preto, cuja moagem cresceu 10,2% no período, para 5,8 milhões de toneladas de cana. O Açúcar Total Recuperável (ATR) por tonelada de cana processada subiu 0,7% entre os períodos, para 120,4 quilos.
Com mix de 53% da oferta de matéria-prima para a fabricação de açúcar, a produção do alimento alcançou 587 mil toneladas no primeiro trimestre de 2017/2018, um aumento de 12,6%. A fabricação de etanol ficou em 320 milhões de litros, alta de 6,3% entre os períodos, e a cogeração de energia elétrica para venda foi de 278 Gwh, aumento de 17,3%.
A Biosev manteve o guidance de moer entre 31,5 milhões e 33,5 milhões de toneladas de cana na safra 2017/18, com ATR de 129 kg a 131 kg por tonelada (Agência Estado, 13/6/18)