Biosev:Moagem cai 15,8% no 3º trim.;é estável em 9 meses da safra 2019/20
A Biosev informou que suas usinas processaram 3,197 milhões de toneladas de cana-de-açúcar no terceiro trimestre da safra 2019/2020, queda de 15,8% sobre o total de 3,799 milhões de toneladas em igual período da safra passada - os dados do ano passado excluem duas usinas da companhia na região vendidas em 2018. O recuo ocorre porque a safra atual é mais adiantada do que a anterior e porque a geada em Mato Grosso do Sul afetou a produtividade da empresa.
Entre abril e dezembro da atual safra, a moagem acumulou 25,902 milhões de toneladas, estável sobre o total de 25,906 milhões de toneladas processado em igual período de 2018/2019.
Segundo a Biosev, o mix de destino de cana para a produção de etanol ficou em 71,5% no terceiro trimestre de 2019/2020, ante 79,9% no terceiro trimestre da safra passada. No acumulado do período de nove meses houve o destino de 64,6% da cana para o etanol, ante 64,7% em igual período de 2018/2019. O mix para o açúcar ficou em 28,5% no terceiro trimestre e em 35,4% no acumulado. Em iguais períodos da safra passada, o mix açucareiro estava, respectivamente, em 20,1% e 35,3%.
A produção do biocombustível pela Biosev recuou 14,3% entre os períodos trimestrais, de 231 milhões para 198 milhões de litros, e a de açúcar aumentou 36,4%, de 94 mil para 128 mil toneladas. No período entre abril e dezembro do ano passado, a produção de etanol chegou a 1,293 bilhão de litros, queda de 1,3%, e a oferta de açúcar recuou 0,4%, para 1,150 milhão de toneladas.
A cogeração de energia elétrica para venda no terceiro trimestre foi de 124,0 Gwh, queda de 12,5%, e acumulou 781,1 Gwh em nove meses de 2019/2020, recuo de 1,9% na mesma base de comparação - também excluindo as usinas do Nordeste vendidas (Broadcast, 14/2/20)
Biosev planeja hedge de dívida em dólar em meio à volatilidade
A subsidiária de açúcar da Louis Dreyfus no Brasil busca reduzir a exposição às oscilações do câmbio para proteger a dívida atrelada ao dólar.
Cerca de 90% da dívida de R$ 5,9 bilhões da Biosev é denominada na moeda norte-americana, o que torna a empresa vulnerável à volatilidade do real, disse o diretor financeiro da empresa, Leonardo Oliveira D Elia, em entrevista por telefone. Nos nove meses até dezembro, a Biosev registrou despesa financeira de R$ 624 milhões, em parte devido à alta do dólar em relação ao real.
Para a empresa, uma dívida sustentável não tem a ver apenas com extensão dos vencimentos, afirmou. Embora uma exposição da dívida ao dólar ofereça ao exportador um hedge natural, é necessário um corte “significativo” para proteger resultado e equity, disse, sem estabelecer uma meta para a redução.
A Biosev analisa tanto contratos de hedge no mercado futuro quanto contratos a termo de moeda (NDF) e espera avançar essas transações nos próximos meses, disse (Bloomberg, 14/2/20)
Biosev reverte prejuízo e tem lucro líquido de R$ 2,857 mi no 3º trim. do ano safra 2019/20
A Biosev, braço sucroenergético do Grupo Louis Dreyfus, voltou a dar lucro líquido, reportando resultado de R$ 2,857 milhões no terceiro trimestre do ano-safra 2019/20, entre outubro e dezembro do ano passado - o resultado leva em conta os impactos da norma IFRS 16, sem a qual a companhia teria registrado lucro líquido de R$ 22,679 milhões. No mesmo trimestre da safra anterior, a companhia havia registrado prejuízo líquido de R$ 230,552 milhões. Em nove meses de safra, a companhia acumula prejuízo líquido de R$ 470,372 milhões, queda de 47,30% sobre os R$ 892,581 milhões de prejuízo em igual período de 2018/2019.
O prejuízo no acumulado da safra se deve, entre outros fatores, à variação cambial, já que cerca de 90% da dívida da companhia é em dólar. Já o lucro no trimestre é resultado, em parte, do avanço dos preços médios de açúcar e etanol.
A receita líquida da companhia (ex-HACC) caiu 12,7% na mesma base de comparação trimestral, para R$ 1,422 bilhão, e recuou 2,4% em nove meses, a R$ 4,926 bilhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado ex-revenda/HACC totalizou R$ 334,341 milhões no terceiro trimestre de 2019/2020, queda de 29,1% sobre igual período da safra passada, e subiu 9,4% na comparação dos três primeiros trimestres de 2018/2019 e 2019/2020, para R$ 1,373 bilhão.
A dívida líquida em 31 de dezembro do ano passado era de R$ 5,637 bilhões, 0,4% maior em comparação com a do segundo trimestre de 2019/2020, finalizado em 30 de setembro, de R$ 5,615 bilhões. A alavancagem medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda da Biosev caiu de 3,10 vezes para 3,05 vezes entre os segundo e terceiro trimestres da atual safra.
A Biosev investiu um total de R$ 347,384 milhões no trimestre, 10,l% a mais que em igual período da safra passada. Do total, R$ 188,469 milhões foram investidos nas operações. Nos nove meses da safra, o Capex atinge R$ 759,618 milhões, alta de 8,4% sobre igual período de 2018/2019 (Broadcast, 14/2/20)