Biotrop instala centro de pesquisa de bioinsumos nos Estados Unidos
Hub de inovação da Universidade da Flórida, em Gainesville, vai servir para expansão internacional da companhia e parceria em estudos de doenças.
A Biotrop informou nesta sexta (10) que está dando mais um passo em seu projeto de expansão internacional. A empresa anunciou a instalação de um centro avançado de pesquisa e desenvolvimento de produtos no UF Innovate, hub de inovação da Universidade da Flórida, em Gainesville, Flórida (EUA). Criada em 2018, com sede em Vinhedo (SP) e fábricas em Curitiba (PR) e Jaguariúna (SP), a brasileira é especializada em soluções biológicas para a agricultura e pecuária, com produtos como bioestimulantes, biocontrole, inoculantes e biofertilizantes.
“A realidade da agricultura dos EUA é diferente da do Brasil e, portanto, exige diferentes abordagens. Inauguramos um centro com laboratório, escritório, casa de vegetação e toda infraestrutura na Universidade da Flórida exatamente para estar mais próximo dos clientes, atuando com foco nas necessidades da agricultura norte-americana”, Jonas Hipólito, diretor de Pesquisas da Biotrop.
A UF Innovate é uma organização guarda-chuva que une as quatro entidades que impulsionam o ecossistema de inovação na Universidade da Flórida. Ela conecta inovadores com empreendedores, investidores e indústria, incuba startups e empresas em crescimento.
De acordo com Hipólito, a meta é acelerar o processo de expansão da empresa nos Estados Unidos em bioinsumos, além da colaboração em novas linhas de pesquisa, entre elas o combate ao greening (HLB), doença grave que assola a citricultura global.
A Mordor Intelligence estima, em 2024, um mercado de biológicos nos Estados Unidos da ordem de US$ 3,15 bilhões(R$ 18,4 bilhões na cotação atual), e que deve chegar a US$ 5,75 bilhões (R$ 33,6 bilhões) até 2029, crescendo a um CAGR (sigla para Taxa de Crescimento Anual Composta) de 12,75% no período.
Em 2023, a Biotrop já havia feito um forte movimento de internacionalização. Em dezembro, a empresa concluiu a venda de uma participação de 85% à belga Biobest, por 444,5 milhões de euros (R$ 2,8 bilhões). Mas o processo de internacionalização começou antes, em 2019, com o início das operações na Argentina, Paraguai e Bolívia, se estendendo no ano seguinte para o Equador, Colômbia, Chile e Peru, além de representações nos Estados Unidos, Portugal, México, Espanha, França e Itália (Forbes, 1/11/24)