BNDES financiará até 80% de projetos de geração em leilões em dezembro
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) terá participação máxima de até 80 por cento no financiamento a projetos de geração que vencerem os leilões “A-4” e “A-6” para contratação de novas usinas, que o governo realizará em dezembro, segundo nota do banco nesta segunda-feira.
Antes, os percentuais de financiamento eram de até 50 por cento para hidrelétricas e térmicas, sendo que agora o máximo de até 80 por cento valerá “para todos os projetos, independentemente da forma de geração de energia”.
Os financiamentos a termelétricas, no entanto, serão apenas para projetos a gás natural em ciclo combinado (menos poluente), com apoio “condicionado ao atendimento a determinados critérios socioambientais”, segundo informações do site do BNDES.
O banco ainda divulgou condições para financiar um leilão de concessões para novas linhas de transmissão também previsto para dezembro.
No segmento de transmissão, foram mantidas as condições de um certame realizado em abril, mas com a possibilidade adicional de o cliente optar pela utilização da recém-criada Taxa de Longo Prazo (TLP) como indexador do financiamento, além da moeda IPCA.
“Além disso, no que tange ao financiamento de máquinas e equipamentos, o cliente poderá optar também pelo financiamento em TJLP, além de TLP e IPCA”, adicionou o banco.
“Dessa maneira, o BNDES dá continuidade à política de apoio à expansão da capacidade de geração e transmissão de energia do sistema elétrico brasileiro e passa a oferecer condições mais flexíveis que permitem acomodar as diversas estratégias empresariais dos distintos grupos econômicos”, concluiu o BNDES em nota.
Os leilões de geração A-4 e A-6 contratarão novas usinas que precisarão entrar em operação a partir de 2021 e 2023, respectivamente.
Já o certame de transmissão prevê conceder licenças para a construção de linhas de transmissão que devem demandar cerca de 9 bilhões de reais em investimentos, com prazo de implementação dos empreendimentos de até 60 meses (Reuters, 27/11/17)