17/08/2021

Boa Safra vê alta de 30% na produção de sementes de soja para 2021/22

Boa Safra vê alta de 30% na produção de sementes de soja para 2021/22

A Boa Safra projetou um crescimento de cerca de 30% na produção de sementes de soja a ser ofertada para a próxima temporada de plantio no Brasil (2021/22), indicando também um aumento importante nas vendas, com agricultores investindo para melhorar as produtividades em um cenário favorável de preços.

O diretor-presidente da Boa Safra, Marino Colpo, evitou detalhar as projeções de vendas, mas afirmou que os negócios da companhia normalmente seguem o total produzido.

A companhia produziu cerca de 100 mil bags (sacas) em 2020 e projeta elevar a produção para 130 mil sacas em 2021, passando para 170 mil sacas no ano que vem.

“Essa é a capacidade máxima produzida. Tecnicamente, temos histórico de vender algo entre 90-95% [da produção], 92% da capacidade é o volume vendido”, declarou ele.

“De fato, as vendas estão indo muito bem, estamos com antecipação de vendas frente aos anos anteriores, estamos bem vendidos e muito animados”, acrescentou.

Os pedidos em carteira reportados somaram R$ 546,4 milhões no segundo trimestre deste ano, mais que o dobro ante os R$ 189,5 milhões registrados um ano antes.

Ele comentou também que a empresa tem baixo nível de cancelamento de vendas, sendo no máximo 5%, historicamente.

Segundo o executivo, o ano passado “foi de grande preocupação” devido à pandemia de Covid-19, mas os cancelamentos de negócios vieram em linha com o histórico.

Questionado sobre um aumento de custos dos produtores, e se isso poderia dificultar vendas de sementes, o executivo disse que a “lavoura não é tão barata quanto foi no ano passado” e há inflação de custos para o sojicultor, mas o preço da soja ainda está alto, garantindo boas margens.

“Está todo mundo satisfeito e animado para o ano que vem, se os preços se manterem nesta linha.”

O CEO da companhia, que lançou ações na B3 recentemente, disse ainda que a empresa buscará “continuar crescendo e consolidar o setor”, ainda bastante pulverizado (Reuters, 16/8/21)