04/12/2024

Brasil cai em ranking das maiores economias por causa do dólar alto

Brasil cai em ranking das maiores economias por causa do dólar alto

Imagem Reprodução - Blog Carlos Romero

 

País perde 9ª posição para Canadá e está em 10ª lugar, segundo FMI; por critério do poder de compra, economia mantém 7º lugar.

 

O Brasil passou da 9ª para a 10ª posição entre as maiores economias mundiais, considerando o valor do PIB (Produto Interno Bruto) em dólares, segundo ranking do FMI (Fundo Monetário Internacional) para 2024.

 

Nesse tipo de comparação, os Estados Unidos aparecem como a maior economia do planeta, seguidos pela China e pela Alemanha.

 

O Brasil perde a posição do ano passado para o Canadá devido à desvalorização do real em relação ao dólar norte-americano.

 

Quando o dólar se valoriza na moeda local (como o real, no caso do Brasil), o PIB em dólares cai, e vice-versa.

 

O dólar disparou mais uma vez na segunda-feira (2) e atingiu a cotação de R$ 6,066, novo recorde nominal para a moeda norte-americana.

 

Por outro critério, considerando a paridade do poder de compra, o país continua na 7ª posição no ranking também calculado pelo FMI.

 

Nesse tipo de comparação, que reflete as diferenças no custo de vida em diferentes locais, a maior economia é a China, seguida por Estados Unidos e Índia.

 

A paridade considera o valor de uma cesta de produtos em cada país. Algo semelhante é utilizado no caso do índice Big Mac, divulgado pela revista "The Economist", que mensura o preço do sanduíche em diversos países.

 

Nesta terça-feira (3), o IBGE revisou o crescimento do PIB do Brasil em 2023 de 2,9% para 3%. Também informou crescimento de 0,9% no terceiro trimestre, acima das projeções coletadas pela agência Bloomberg, o que representa uma expansão acumulada de 3,1% em 12 meses.

 

Projeções de economistas apontam uma expansão acima de 3,2% neste ano, podendo se aproximar de 3,5%.

Um levantamento que inclui o Brasil e os países da OCDE que já divulgaram seus dados mostra o Brasil na sexta posição, à frente da China e dos Estados Unidos (Folha, 4/12/24)