Brasil dispara importações de soja; curta oferta atende contratos externos
Legenda: Estoques baixos na indústria e oferta curta saindo dos campos exige mais compras externas de soja (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)
As indústrias brasileiras não tiraram o pé do acelerador das importações de soja neste início de ano. Em 2020, a disputa com as fortes exportações manteve as aquisições externas recordes. Nestes quase dois meses, é a falta do produto.
O atraso da colheita, seja pelo plantio mais tardio e depois por chuvas, diminui muito o volume que deveria estar disponível desde janeiro, na comparação com igual período de 2020. O apetite pelo grão externo não surpreende o analista Vlamir Brandalizze.
E as remessas maiores saindo dos campos, que começaram a melhorar nos últimos dias, estão mais para cumprir contratos de embarques.
Assim, no mês passado, o Brasil importou 49,5 mil toneladas. Sobre janeiro do ano passado, quase 2,5 vezes mais.
E até a terceira semana de fevereiro, 31,5 mil/t, enquanto o mês inteiro de 2020 alcançou 58,7 mil/t.
O Brasil superou as 800 mil/t em importações em 2020, chegando a aproximadamente 500% de aumento sobre 2019.
O ano fechou com as fábricas de óleo, farelo e ração registrando a maior marca de importações de soja depois de 17 anos (Reuters, 24/2/21)