Brasil responderá por 35% da produçao mundial de laranja
POMAR LARANJAS - FOTO Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
A produção mundial de laranja deverá crescer 6% na safra 2021/22, somando 49 milhões de toneladas. Em caixa, esse volume subiria para 1,2 bilhão.
Os dados são Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que mostra o Brasil como responsável por 35% dessa produção.
Na avaliação do órgão, o clima será mais favorável no Brasil, compensando parte das perdas nos Estados Unidos e na Europa.
Entre os fornecedores de fruta fresca chamam a atenção o crescimento consistente da África do Sul, que tem feito um bom trabalho como exportador de suco, e a queda do Egito, que nos últimos anos vem ganhado participação no mercado mundial, afirma Ibiapaba Netto, diretor executivo da CitrusBr.
A projeção do Usda, segundo ele, mais uma vez consolida o Brasil como grande fornecedor global de suco, sendo responsável por 75% da oferta mundial.
Os dados do Usda indicam uma aproximação da produção de suco do México à dos Estados Unidos. Os mexicanos deverão produzir 170 mil toneladas. Os americanos, apenas 190 mil, o menor volume registrado na série histórica do país.
Essa aproximação é gerada por dois fatores, segundo o diretor da CitrusBr: queda na produção da Flórida e crescimento no México.
Os mexicanos vão consolidar a posição de grandes fornecedores de suco concentrado (FCOJ 66 Brix) para os Estados Unidos, devido à vantagem tarifária em relação ao produto brasileiro.
Ainda assim, o Brasil tem grandes oportunidades, principalmente na venda do NFC, suco que é exportado na diluição natural (12 Brix), afirma o diretor.
O Usda prevê uma produção total de 16,9 milhões de toneladas de laranja no Brasil (próximo de 400 milhões de caixas). A oferta nacional de suco será de 1,14 milhão de toneladas, bem acima da dos americanos, que recua para 190 mil. Os EUA detêm a segunda posição mundial, seguidos de México e de União Europeia (Folha de S.Paulo, 28/7/22)