Brasil terá recorde na safra e exportação de soja, diz Stone X
soja - foto freepik
A safra de soja do Brasil em 2024/25 deve atingir um recorde de 165 milhões de toneladas, de acordo com levantamento da consultoria StoneX, divulgado nesta quinta-feira (1º). O estudo aponta aumento de apenas 0,79% na área plantada na comparação com a temporada anterior.
A consultoria projetou ainda que as exportações do Brasil poderão atingir também uma máxima histórica de 102 milhões de toneladas em 2024/25, cujo plantio começa em meados de setembro.
A produção e a exportação de soja do Brasil, maior produtor e exportador global, cresceriam fortemente ante o ciclo anterior, atingido por intempéries, se o clima colaborar.
Para 2023/24, a StoneX projeta uma safra de 149 milhões de toneladas, versus 158,5 milhões em 2022/23, enquanto as exportações são vistas em 92 milhões de toneladas, ante máxima de 101,87 milhões no ciclo passado.
"Esse avanço (em 2024/25) é resultado da perspectiva de recuperação da produtividade, desde que o clima não traga maiores surpresas, e também da continuidade do crescimento de área", explicou a especialista de inteligência de mercado do grupo, Ana Luiza Lodi.
A produtividade cresceria 3,55 toneladas por hectare na nova temporada. A expectativa é de que o Brasil plante soja em 46,53 milhões de hectares, versus 46,16 milhões no ciclo passado.
O balanço global da oleaginosa aponta para uma "maior folga" entre oferta e demanda, diante do bom andamento da safra dos Estados Unidos, o que tem pesado sobre os preços, comentou a StoneX.
O consumo de soja pelo Brasil também deve continuar avançando, dada a relevância do país na produção de carnes e também de biodiesel, para 60 milhões de toneladas, versus 57,5 milhões no ciclo anterior.
MILHO EM ALTA
A produção total de milho do Brasil também deverá aumentar em 2024/25, segundo números preliminares da StoneX, para 123,14 milhões de toneladas, ante 121,8 milhões em 2023/24.
Isso apesar de uma redução importante na área plantada da primeira safra de milho 2024/25, de 3,64 milhões de hectares para 3,4 milhões de hectares, "um movimento que corresponde ao desânimo dos agricultores com o patamar atual de preços".
Os Estados que registram os maiores cortes são Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e Goiás (Reuters, 1/8/24)