Bunge: óleo e farelo compensam queda na venda de soja em grão
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Trading de commodities agrícolas divulgou nesta quarta-feira (24) um lucro melhor do que o esperado para o primeiro trimestre.
A trading de commodities agrícolas Bunge divulgou hoje (24) um lucro melhor do que o esperado para o primeiro trimestre, à medida que fortes resultados do processamento de sementes oleaginosas na Europa e na Ásia compensaram as margens mais fracas do comércio de grãos.
A maior processadora de oleaginosas do mundo reafirmou sua projeção para 2024 de lucro anual ajustado de US$ 9 (R$ 46,4) por ação, abaixo dos US$ 13,6 (R$ 70,1) do ano passado, devido às margens de processamento mais apertadas na maioria das regiões.
A Bunge e suas rivais do setor de agronegócios, incluindo a ADM (Archer-Daniels-Midland) e a Cargill, viram seus lucros caírem em relação aos recentes recordes históricos, uma vez que a oferta de safras globais aumentou e os preços caíram.
Essas empresas ganham dinheiro com processamento, comércio e transporte de safras em todo o mundo, geralmente se beneficiando quando crises como secas ou guerras provocam escassez.
O resultado positivo dos lucros da Bunge na quarta-feira ocorre em um momento em que a empresa está trabalhando para fechar um acordo para adquirir a Viterra, empresa de manuseio de grãos, em fusão que criaria uma potência do agronegócio mais próxima em tamanho da Cargill e da ADM, mas que levantou preocupações antitruste.
Na terça-feira, o Departamento de Concorrência do Canadá disse que encontrou grandes preocupações com relação à concorrência em torno da fusão proposta. O relatório não vinculativo foi enviado ao Ministério dos Transportes do Canadá, que tem até 2 de junho para analisar o acordo.
A Bunge tem como objetivo fechar o negócio até meados de 2024.
O segmento de agronegócios da Bunge, o maior em termos de receita e volumes, registrou lucros ajustados mais baixos no primeiro trimestre.
Os bons volumes de exportação de safras foram mais do que compensados por margens fracas de trading, enquanto os resultados mais baixos de processamento na América do Norte e do Sul prejudicaram os ganhos favoráveis de processamento na Ásia e na Europa.
O lucro do segmento de óleos refinados e especiais caiu devido aos fracos resultados na América do Norte e na Ásia, enquanto os ganhos da unidade de moagem aumentaram.
A empresa registrou um lucro ajustado de US$ 3 (R$ 15,4) por ação nos três meses encerrados em 31 de março, em comparação com as estimativas dos analistas de US$ 2,5 (R$ 12,9) por ação, de acordo com dados da LSEG (Reuters, 24/4/24)