Café: Análise Conjuntural Agromensal Novembro/22 Cepea/Esalq/USP
CAFE (Imagem Pixabay Engin_Akyurt).jpg
As cotações domésticas do café arábica oscilaram ao longo de novembro. O Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, posto na capital paulista, chegou a operar na mínima de R$ 930,62/saca de 60 kg no dia 9 e máxima de R$ 1.003,01/sc no dia 30.
Nos momentos de baixa, os valores internos e externos foram pressionados pelo clima favorável nas lavouras brasileiras de café – as chuvas foram frequentes – e por temores relacionados à instabilidade mundial.
Já as altas foram influenciadas por chuvas pontuais de granizo em regiões cafeeiras e por movimentos de recuperações técnicas na Bolsa de Nova York (ICE Futures), que ocorreram após as bruscas perdas.
No balanço do mês (de 31 de outubro a 30 de novembro), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, posto na capital paulista, ficou praticamente estável (com pequena queda de 0,23%), fechando a R$ 1.003,01/saca de 60 kg no dia 30.
A média mensal foi de R$ 962,21/sc, a menor, em termos nominais, desde julho de 2021. Na ICE Futures, o contrato Março/23 encerrou novembro a 169,90 centavos de dólar por libra-peso, queda de 2,1% frente ao último dia de outubro.
No campo, as chuvas ao longo de novembro foram consideradas satisfatórias por agentes consultados pelo Cepea, mas granizo em parte das regiões e abortamentos geraram preocupações. O Sul de Minas foi a praça mais atingida pela queda de granizo, assim como parte do Cerrado Mineiro, Matas Mineiras (Zona da Mata) e Mogiana (SP).
Em relação às floradas, agentes consultados pelo Cepea indicam que já há um volume significativo de abortamentos nas lavouras, devendo prejudicar a produção para a safra 2023/24. Segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), entre 31 de outubro e 30 de novembro, as chuvas somaram 236,2 mm em Manhuaçu (MG), 201,2 mm em Patrocínio (MG), 192,4 mm em Franca (SP), 154,6 mm em Varginha (MG), 75,2 mm em Londrina (PR) e 48,8 mm em Marília (Garça – SP) (Assessoria de Comunicação, 7/12/22)