Café avança quase 4% em Nova York com valorização do real
Preço do café atingiu máxima de uma semana na bolsa de Nova York — Foto: Pixabay
Moeda brasileira valorizada tende a reduzir competitividade das exportações do país.
O café arábica fechou em forte alta na bolsa de Nova York, impulsionado pela depreciação do câmbio. Os lotes do grão para julho subiram 3,93% nesta quinta-feira (5/6), para US$ 3,5975 a libra-peso.
Segundo análise da Barchart, o café atingiu uma máxima de uma semana em Nova York depois que o real registrou a maior alta em relação ao dólar nas últimas três semanas. “Isso desencadeou a cobertura de posições vendidas em contratos futuros de café”, disse a Barchart, em boletim. Além disso, a valorização do real desestimula as exportações do Brasil, principal fornecedor de arábica do mundo.
A preocupação de que o mau tempo no Brasil reduza a produtividade das safras também está impulsionando os preços do café. A Somar Meteorologia informou na última segunda que a maior região produtora de café arábica do Brasil, em Minas Gerais, não recebeu chuvas na semana encerrada em 31 de maio.
O cacau segue sem uma direção definida na bolsa de Nova York, enquanto o mercado tenta decifrar os diversos elementos que impactam a formação de preço. Na sessão de hoje, os lotes para setembro, os mais líquidos, fecharam praticamente estáveis, em baixa de 0,01%, cotados a US$ 9.277 a tonelada.
“O cacau segue sendo uma das commodities mais sensíveis ao atual ambiente geopolítico e econômico global. Em um cenário marcado por incertezas, desde decretos migratórios nos EUA até indicadores econômicos da Europa e da África, o produto enfrenta volatilidade acentuada, com impactos diretos nos preços, na formação de estoques e na dinâmica de oferta e demanda”, destaca análise publicada no site Mercado do Cacau.
Suco de laranja
O suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês) também recuou na bolsa americana. Os papéis para julho cederam 1,34%, para US$ 2,7295 a libra-peso.
No mercado do açúcar, os contratos do demerara com vencimento em julho fecharam em queda de 1,07%, a 16,57 centavos de dólar a libra-peso.
O algodão, por sua vez, fechou a sessão em Nova York com preços em leve alta. Os contratos para julho subiram 0,57%, cotados a 65,36 centavos de dólar a libra-peso (Globo Rural, 5/6/25)