Café encerra a semana batendo novo recorde na bolsa de Nova York
No mercado, persistem as preocupações com a safra brasileira de café. Foto Getty Images
Cacau, açúcar, algodão e suco de laranja fecharam a semana em queda.
O preço do café segue renovando recordes na bolsa de Nova York enquanto persistem no mercado as preocupações com a safra brasileira. Os contratos para março avançaram 1,19% e atingiram pela primeira vez US$ 3,7785 a libra-peso.
No Brasil, maior exportador mundial de arábica, as estimativas preliminares de consultorias e órgãos oficiais apontam para um volume de produção menor em 2025/26.
“Temos um cenário apertado neste segundo semestre do ano-safra brasileiro (janeiro a junho), indicando dificuldades para abastecermos o consumo interno e nossas exportações nos próximos meses”, avalia, em boletim, Eduardo Carvalhaes, analista especializado no mercado do café.
Além disso, mesmo em um cenário de preços recordes para o café na bolsa, muitos produtores optam por segurar o produto, à espera de um avanço ainda maior nos valores do grão.
“Os compradores subiram suas bases de compra no mercado físico brasileiro e um número maior de negócios foi fechado, mas esse volume continua baixo para atender as necessidades brasileiras do consumo interno e exportação”, ressalta Carvalhaes.
O cacau ensaia um movimento de correção nas cotações na bolsa de Nova York após elas alcançarem um recorde no final de 2024. Após uma queda de mais de 4% na véspera, os contratos para março fecharam em baixa de 1,96%, para US$ 10.987 a tonelada.
Nos negócios do açúcar, os lotes para março fecharam em queda de 0,62%, com o papel para março negociado a 19,35 centavos de dólar por libra-peso.
Nas negociações do algodão, os lotes para março fecharam em queda de 0,59%, para 65,88 centavos de dólar por libra-peso.
Os contratos do suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês) fecharem em queda de 1,03%, cotados a US$ 4,7470 a libra-peso (Globo Rural, 31/1/25)