18/06/2025

Café recua em NY com avanço da colheita e incertezas geopolíticas

Café recua em NY com avanço da colheita e incertezas geopolíticas

Ausência de fenômenos climáticos faz com que a safra de café em 2026 tenha um cenário muito otimista, diz corretor — Foto: Divulgação

 

Contratos do arábica fecharam em queda de mais de 2% nesta terça-feira.

 

Com poucas mudanças nos fundamentos de mercado, o preço do café registrou baixa na bolsa de Nova York. Nesta terça-feira (17/6), os lotes para setembro, os mais negociados, recuaram 2,29%, a US$ 3,3245 a libra-peso.

 

Para Antônio Pancieri Neto, da Clonal Corretora de Café, as tensões no Oriente Médio, combinadas com o andamento da safra no Brasil reforçam a perspectiva de queda para o grão na bolsa.

 

“Esses dois fatores estão se retroalimentando, fazendo os investidores saírem de posições no café e irem em busca de ativos mais seguros, como o ouro”, exemplifica.

 

Ao falar sobre o andamento da safra brasileira, que está em período de colheita, Pancieri Neto lembra que o mercado ainda não precificou totalmente o impacto de aumento na oferta no curto prazo.

 

Olhando para o futuro, o corretor acrescenta que as condições são favoráveis para a manutenção de baixa nos futuros do café. “No momento, a ausência de fenômenos climáticos faz com que a safra de 2026 tenha um cenário muito otimista na visão do mercado”.

 

Um dia após subir mais de 2%, o açúcar voltou a recuar na sessão. Os lotes para novembro tiveram queda de 2,54% , a 16,51 centavos de dólar a libra-peso.

 

Suco de laranja

 

O suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês) fechou a sessão em Nova York com preços em forte queda. Os papéis para setembro recuaram 2,57%, a US$ 2,5260 a libra-peso.

 

Cacau

 

O cacau segue sem direção definida no cenário externo, e se mantém com forte volatilidade. Os lotes para setembro fecharam em queda de 1,31%, para US$ 9.138 a tonelada.

 

Algodão

 

No mercado do algodão, os papéis para dezembro tiveram queda de 0,69%, cotados a 67,55 centavos de dólar a libra-peso (Globo Rural, 17/6/25)