13/06/2024

Câmara aprova convite para Haddad e Fávaro explicarem leilão de arroz

Câmara aprova convite para Haddad e Fávaro explicarem leilão de arroz

Evair Vieira de Melo, presidente da Comissão de Agricultura, é aliado de Bolsonaro. Foto Zeca Ribeiro Câmara dos Deputados

 

O governo vive uma crise frente ao caso do arroz após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anular o leilão de arroz alegando “fragilidade financeira” e autorizar a demissão do secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller.

 

A Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados aprovou o convite dos ministros Carlos Fávaro (Agricultura), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Fernando Haddad (Fazenda) para prestar esclarecimentos sobre o leilão de arroz, que está sob suspeita de fraude.

 

Governo e integrantes do colegiado negociam as datas para que os chefes das pastas compareçam. Fávaro deverá ir na próxima quarta-feira, 19, Teixeira deve aparecer em julho e Haddad ainda não tem data definida para a audiência.

O governo vive uma crise frente ao caso do arroz após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anular o leilão de arroz alegando “fragilidade financeira” e autorizar a demissão do secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller.

Diferente dos demais, Haddad irá à Comissão de Agricultura para falar sobre o leilão de importação de arroz, que causa incômodo aos produtores do grão no País.

 

Como mostrou o Estadão, uma fabricante de sorvetes, uma mercearia de bairro especializada em queijo e uma locadora de veículos estão entre as vencedoras do leilão realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a compra de 263 mil toneladas de arroz ao preço de R$ 1,3 bilhão.

Os três requerimentos são do próprio presidente da Comissão de Agricultura, Evair Vieira de Melo (PP-ES), aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro e adversário político de Fávaro. Ele foi eleito para comandar o colegiado no final de maio e assegurou aliados que intensificaria a pressão sobre o governo na comissão (Estadão, 13/6/24)