19/04/2018

Cana: Modelo para premiar eficiência sobre Consecana falido e distorcido

Cana: Modelo  para premiar eficiência sobre Consecana falido e distorcido

Produtores concentram a logística na entidade, para baratear custos, e levam cana à Usina Moema com ganhos sobre menor teor de impurezas, por exemplo, mas sobre o ATR Consecana. Entidade pede revisão, para setor obter mais ganhos com tecnologia, que, aliás já se refletem em 12-13/t de ATR/ha, 87 t/h de produtividade, e 2,3/2,5 mi/t em 18/19.

Na região de Orindiúva/SP, os modelos de venda de cana-de-açúcar estão se modificando para ter uma produção mais eficiente e com qualidade. Contudo, os produtores estão concentrando a logística nas entidades para baixar os custos de produção.

De acordo com o Presidente da Associação dos Fornecedores de Cana da Região de Orindiúva (Oricana), Roberto Cestari, a associação vem trabalhando ao longo desses anos para aperfeiçoar o Conselho de Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Etanol do Estado de São Paulo (Consecana). “Hoje, nós somos 116 produtores de cana na região e fazemos a centralização da logística, plantio e colheita da cana”, afirma.

Na época da criação do Consecana cerca de 60% a 70% da cana-de-açúcar que se entregava nas usinas era de fornecedores. Atualmente, esse percentual caiu para 25% a 30%. “Algo aconteceu para que tantos produtores deixassem de produzir. Antes a cana era totalmente colhida queima e o corte era manual, sendo que hoje é tudo mecanizado”, ressalta.

Ainda na visão da liderança, o Consecana é um sistema falido e distorcido em que a parte política não trabalhou quando era necessária. “Nós precisamos ter uma instituição justa na gestão profissional com boas empresas assessorando e auditando. Nós não podemos deixar de fazer esses ajustes no Consecana”, comenta.

No entanto, o presidente reforça que o setor precisa ter um sistema de remuneração da cana, sendo que a reforma do conselho prejudica principalmente os produtores independentes. ”Segundo um estudo da Orplana, identificou que tem uma defasagem na remuneração da cana ao produtor independente”, finaliza a liderança (Notícias Agrícolas, 18/4/18)