30/01/2025

Carnes de frango e de suínos compensam queda da produção de bovinos

Carnes de frango e de suínos compensam queda da produção de bovinos

BOI FRANGO E SUÍNO- BLOG MERCOAGRO -27.Agosto.2020 - REPRODUÇÃO

Líderes mundiais atualizam dados e indicam manutenção do ritmo de produção

 

Os grandes produtores mundiais de carnes acabam de atualizar as previsões de produção para o período de 2025. Brasil, Estados Unidos e União Europeia devem colocar 119 milhões de toneladas de proteínas animal no mercado neste ano, considerando as produções de carne bovina, suína e de frango.

 

Pelo volume a ser produzido, os preços das proteínas não deverão sofrer grandes alterações no período, mesmo que a demanda continue firme como foi a do ano passado.

 

O volume não é diferente do de 2024, mas os amantes de carne bovina vão ter uma oferta um pouco menor, e, provavelmente, não vão sentir no bolso recuos de preços para essa proteína. A alta de preço fica limitada pela melhora na oferta das demais proteínas.

 

A produção de carne suína sobe no acumulado dessas três regiões devido a um aumento de 3% nos Estados Unidos e no Brasil. A União Europeia, afetada pela peste suína africana nos anos recentes, apresentará recuo de 0,5%.

 

Além da peste suína, a produção europeia é afetada também por custos mais elevados, queda no consumo e restrições produtivas, devido a questões ambientais.

 

Na segunda-feira (27), a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) anunciou uma produção total de 31,6 milhões de toneladas nessas três carnes.

 

O Brasil, um dos principais produtores mundiais, mantém ritmo contínuo na oferta de carne de frango, que sobe para 15,7 milhões de toneladas, e alta de 2,3% no ano.

 

Para a carne suína, o órgão oficial eleva para 5,5 milhões a produção nacional, um patamar recorde e 3,1% a mais do que o do ano passado.

 

O mesmo não ocorre com a carne bovina no mercado nacional, que deverá recuar para 10,4 milhões de toneladas, 4,9% a menos do que em 2024.

 

Os Estados Unidos também produzem menos carne bovina. Na avaliação do Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) desta terça-feira (28), a produção dessa proteína cai para 11,7 milhões de toneladas, 4,4% a menos do que em 2024.

 

Na União Europeia, a tendência de queda na produção de carne bovina é uma constante, e, neste ano, recua para 6,4 milhões de toneladas, 0,6% a menos.

 

Além de fatores ligados a custos e sustentabilidade, a produção cai ano a ano na região devido queda na demanda. O consumo anual europeu é 9,5 kg de carne bovina per capita, um volume previsto para recuar para 9,2 kg nos próximos anos.

 

Se bovinos e suínos têm restrições na produção em algumas regiões, o frango será o substituto para uma redução na oferta dos dois. Brasil, Estados Unidos e União Europeia devem superar os 51 milhões de toneladas na produção deste ano, com aumento de oferta nas três áreas produtoras.

 

Os Estados Unidos vão manter a liderança mundial, com 21,6 milhões de toneladas, e aumento anual de 1,4%, conforme os números desta terça-feira do Usda.

 

Brasil vem a seguir, com aumento de 2,3% e produção de 15,7 milhões de toneladas de carne de frango, segundo a Conab. A União Europeia eleva em 0,5% a produção, para 14 milhões de toneladas, conforme dados do Departamento de Agricultura e Desenvolvimento Rural da Comissão Europeia (Folha, 30/1/25)