25/11/2024

Chegada de adubo pelo Arco Norte atinge 27% do volume nacional

Chegada de adubo pelo Arco Norte atinge 27% do volume nacional

Porto de Itaqui (MA). Foto Divulgação

 

Portos da região aumentam também participação nas exportações de soja e de milho.

 

O valor dos fretes não sofreu grandes pressões de alta no mês passado. A saída externa de produtos foi menor, e as importações de trigo e de adubo cresceram, mas com impactos regionais diferentes.

 

Em um ano em que as exportações de milho do país recuam, e as de soja aumentam, a movimentação de mercadorias pelos portos do Arco Norte ganha participação, em relação às demais saídas.

 

No mês passado, 35,1% do volume de soja enviada ao exterior passaram pelos portos do Norte e Nordeste, acima dos 33,9% do mesmo período do ano passado. Já o de Santos ficou com 28%, uma presença menor do que a do ano passado.

 

Paranaguá aumentou para 14%.

 

Os principais estados fornecedores de soja para exportação foram Mato Grosso, Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul, segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).

 

A movimentação de milho pelos portos do chamado Arco Norte também foi maior no mês passado, atingindo 50% do volume exportado pelo país. Saíram por esses portos 15,4 milhões de toneladas do cereal.

 

Adubo e trigo, com alta nas compras externas, impediram queda nos preços dos fretes em várias regiões do país. A importação recorde de 4,94 milhões de toneladas de fertilizantes em outubro elevou para 36,7 milhões de toneladas o volume do ano, segundo a Secex (Secretaria de Comércio Exterior).

 

Cada vez mais, o adubo chega ao país pelos portos do Arco Norte. Até outubro deste ano, já são 6,4 milhões de toneladas, um volume recorde para o período. A entrada desse insumo pelo porto de Paranaguá, o de maior movimentação na chegada desses produtos, vem caindo.

 

De janeiro a outubro de 2021, eram 10,3 milhões de toneladas que chegavam por Paranaguá, 27% do total nacional. Neste ano, o volume recuou para 8,9 milhões, com participação nacional de 24%.

 

A Anec (Associação Nacional dos Exportadores de Cereais), considerando as previsões de exportações programadas para novembro, prevê uma saída acumulada de 155 milhões de toneladas de grãos e de farelo de soja, um volume ainda inferior aos 169 milhões de igual período do ano passado (Folha, 23/11/24)