China entra em um novo ciclo na suinocultura
Suinos na Foto Associated Press
Rabobank avalia que setor manterá importações no patamar anterior ao da peste suína.
A China entrará em um novo ciclo na suinocultura. Os preços no setor serão menos voláteis, mas haverá uma presença maior do governo com políticas para o setor.
Isso ocorre após a China mergulhar em uma grave crise de oferta, provocada pela peste suína africana, que afeta o país desde 2018.
A China está se recompondo, e o cenário muda. O Brasil, contudo, ainda terá chances de exportar para o mercado chinês, embora em quantidades menores.
A avaliação é do Rabobank, que prevê importações chinesas no patamar anterior ao da crise da peste suína, algo próximo dos 3 milhões a 3,5 milhões de toneladas.
O Brasil, porém, vai ter de disputar com exportadores tradicionais ao mercado asiático, como Espanha, Canadá, Holanda e Alemanha. Esta última, por ora, está fora do mercado devido à peste suína africana em seu território.
Em 2018, o Brasil forneceu 13% da carne suína importada pela China. No primeiro semestre deste ano, o volume foi de 21%. A Espanha, que fornecia 18% em 2018, ficou com 29% do mercado neste ano (Folha de S.Paulo, 7/9/22)