China habilita 25 frigoríficos do Brasil para exportações de carne
Legenda: Criação de gado no Mato Grosso; desenvolvimento do agronegócio no Centro-Oeste se deu em cima do binômio soja-boi
Mais 17 unidades de produção de carne bovina poderão vender a chineses.
O Ministério da Agricultura do Brasil informou nesta segunda-feira ter recebido comunicação sobre a liberação de 25 novos estabelecimentos do país para exportações de carnes ao mercado chinês.
As autorizações envolvem unidades de empresas como BRF, Marfrig e Minerva, segundo comunicados das empresas ao mercado e informações do governo.
As ações das empresas operavam em alta após a notícia —os papéis da Minerva avançavam 5% por volta das 10h52, enquanto Marfrig subia 3% e BRF tinha ganhos de 2,89%, acima da alta de 0,64% no índice Ibovespa.
"Dos novos estabelecimentos habilitados, 17 são produtores de carne bovina, seis de frango, um de porco e um de asinino. As empresas já podem exportar imediatamente", afirmou o Ministério da Agricultura.
Entre as unidades liberadas estão duas da Minerva, em Rolim de Moura (RO) e Palmeira de Goiás (GO), e duas da Marfrig, em Várzea Grande (MT) e Barra dos Bugres (MT) que produzem carne bovina; além da planta Lucas do Rio Verde (MT), da BRF, autorizada a exportar carne de suínos e de frango.
Aparecem ainda em lista divulgada pelo ministério empresas como Frigorífico Redentor, Masterboi, Naturafrig Alimentos e outras.
As autorizações ocorrem em momento em que as exportações de carnes do Brasil registram um 2019 positivo, impulsionadas especialmente pela forte demanda da China, que aumentou as compras externas em meio a um surto de peste suína africana que tem atingido seu rebanho de porcos, o maior do mundo.
Com isso, o número total de plantas habilitadas no Brasil para exportações de carne à China passa para 89, ante 64 anteriormente.
O Ministério da Agricultura disse ter conduzido as negociações com os chineses para a liberação junto ao Ministério das Relações Exteriores e à embaixada brasileira na China.
Nesta segunda, o embaixador chinês no Brasil, Yang Wanming, afirmou que a China deverá dobrar o seu consumo de carne bovina até 2026, o que favorece o Brasil, grande exportador do produto. Disse, ainda, que o governo de Xi Jinping quer "reduzir ainda mais as tarifas alfandegárias e diminuir os custos institucionais das exportações" na relação bilateral com o Brasil (Reuters, 9/9/19)